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Empresário morto não aceitava relação entre esposa e estelionatária "famosa na Bahia"; "existia animosidade"

Ele explicou que Maqueila Bastos não é considerada foragida, mas está sendo investigada devido à relação próxima, de "forte amizade" com Shirley.

Por Da Redação

Empresário morto não aceitava relação entre esposa e estelionatária "famosa na Bahia"; "existia animosidade" TV Aratu

O titular da Delegacia Territorial de Jaguaripe, Rafael Magalhães, disse nesta quinta-feira (10/3), que Leandro Troesch, encontrado morto em fevereiro, não queria a presença de Maqueila Santo Bastos, conhecida estelionatária baiana, em sua pousada, muito menos tendo contato com sua esposa, Shirley Silva Figueiredo. 


"Hoje, pela manhã, recebi dois telefonemas. Um, de uma advogada em Salvador, dizendo ser advogada de Maqueila, afirmando que ela estaria conversando com a Shirley pra saber se ela iria se apresentar, porque gostaria de se apresentar junto" disse Magalhães ao repórter do Grupo Aratu, Fábio Gomes. 


"Num primeiro momento, a advogada disse que não se apresentaria agora, só que alguns minutos depois, um segundo advogado de Maqueila falou que ela queria se apresentar e combinar comigo o melhor momento. Aí não sei mais qual a verdade", completou o delegado.


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Ele explicou que Maqueila não é considerada foragida, mas está sendo investigada devido à relação próxima, de "forte amizade" com Shirley. As duas se conheceram no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, quando a empresária esteve presa por sequestro. Depois, Shirley levou Maqueila para trabalhar na pousada que tem com o marido, algo que ele "não admitia", segundo o delegado Rafael Magalhães.


"Não existe nenhum mandado de prisão contra ela [Maqueila]. O que nós temos são nossas investigações e ela tem que vir prestar esclarecimento", disse. "Na realidade, por ser uma pessoa periculosa, ter vários processos e ter tido uma amizade muito forte com a Shirley - a ponto de Shirley levá-la para a pousada -, existia uma animosidade, também, de Léo [Leandro] com a Maqueila. Ele não gostava dela", frisou.


Questionado sobre uma suposta ameaça de Maqueila a Leandro, o delegado não confirmou, mas reforçou a "animosidade". "Ele jamais admitia que ela tivesse uma relação de amizade, ou de qualquer outro tipo, com Shirley. Tanto é que, quando Léo ainda estava no presídio, ele determinou que ela saísse da pousada, porque não queria ela [Maqueila] lá. Quando ele chegou na pousada, também, encontrou alguns objetos 'de golpe' de Maqueila e se revoltou com isso. Acredito que deva ter determinado a Shirley o fim do contato com Maqueila, mas esta é insistente. Tenho alguns áudios disso aí, de ela pedir pra voltar pra pousada e retomar o contato", concluiu.


CELULAR DE SHIRLEY APREENDIDO


Além das declarações, o titular da delegacia de Jaguaribe, cidade onde aconteceu o crime, informou que o celular de Shirley chegou às suas mãos, e que ele deve, nos próximos dias, encaminhar para a perícia, em Salvador. "Há muita coisa pra se dizer, muito contato dela com a Maqueila... acredito que teremos bons resultados", afirmou.



 


CASO VOLTOU À TONA 


Shirley e Leandro foram presos após participarem do sequestro de uma pesquisadora da Universidade Federal da Bahia em 2001 e a história voltou aos holofotes da Justiça baiana justamente após a morte do rapaz.


No episódio contra a pesquisadora, o líder do bando era Joel Costa Duarte. Ele, que tem condenações por sequestro e roubo, fugiu do Complexo Penitenciário da Mata Escura no último sábado (5/3). Flávio Manoel de Jesus Santos, que responde por recepção e estupro, e Amilton Silva da Conceição, condenado por roubo, também escaparam.


No mesmo dia, o Tribunal de Justiça da Bahia, por meio do juiz Almir Pereira de Jesus, determinou que Shirley da Silva deveria voltar a ser detida. Ela estava em prisão domiciliar, mas descumpriu a medida. Agora, ela pode ser presa a qualquer momento, após pedido formulado pelo titular da Delegacia Territorial de Jaguaripe, Rafael Magalhães. 


CASO DE AMOR


Enquanto esteve presa, Shirley teve uma relação próxima com a estelionatária Maqueila Santos Bastos. A Polícia Civil já sabe que, após ambas saírem do sistema penitenciário da Mata Escura, em Salvador, a empresária chamou a outra mulher para trabalhar no hotel de luxo em Jaguaripe, o que teria despertado a ira de Leandro.



Natural do município de Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador, Maqueila já foi tema de reportagem aqui do Aratu On por conta da grande quantidade de golpes. Há pouco mais de um ano, em 2021, a estelionatária foi presa pela 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas), em Salvador. 


Oficialmente, o delegado Rafael Magalhães sustenta que Maqueila e Shirley tinham apenas uma relação de amizade. Agora, as duas não foram encontradas desde que o caso ganhou destaque.  


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