Governo publica protocolo sobre a cloroquina no país; medicamento pode ter efeitos colaterais

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20/5) um protocolo para aplicação da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes diagnosticados com a Covid-19 em todos os graus da doença, inclusive os com sintomas leves.

"A prescrição de todo e qualquer medicamento é prerrogativa do médico", diz o protocolo, que sugere a combinação dos dois medicamentos com azitromicina, conforme uma orientação para a rede pública de saúde. 

O protocolo foi feito no momento em que o ministério é comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello. Após ser alertado que até o momento não existem evidências científicas robustas que possibilitem a indicação de terapia farmacológica específica para a Covid-19, o paciente deverá assinar um termo de consentimento para poder ser submetido a aplicação de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento.

No termo, são citados os efeitos colaterais da medicação, que inclui disfunção cardíaca e alterações visuais. Além disso, o documento salienta que "não há, até o momento, estudos demonstrando melhora clínica dos pacientes com Covid-19 quando tratados com hidroxicloroquina".

Apesar de os dois remédios teram formulações diferentes, eles levam a mesma substância, a cloroquina. Os benefícios clínicos são parecidos, mas os efeitos adversos não. A hidroxicloroquina é considerada um pouco mais segura, com menos efeitos colaterais.

A pasta quer evitar a "autoprescrição" de medicamentos e alerta a população que o ato pode resultar em prejuízos a saúde e/ou redução da oferta para pessoas com indicação precisa para o seu uso".  Confira o documento na integra. 

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