Operação Caruru: onde comprar os ingredientes do prato tradicional de setembro? Pesquisa defende preços da Feira de São Joaquim
Os preços dos itens do caruru subiram, em média, de 15% a 20%; produto com a maior elevação de preço foi o azeite de dendêOs principais itens verificados são o azeite de dendê, o quiabo, o camarão seco, a castanha, o leite de coco, o feijão fradinho e o coco seco.
O mês de setembro é conhecido pelos baianos pela tradição da oferta do caruru dedicado aos santos Cosme e Damião. Por isso, a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), realizou uma ação de fiscalização de preços dos itens da iguaria em feiras e mercados da cidade, no âmbito da Operação Caruru 2021.
De acordo com a pesquisa, a Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa, foi a que apresentou os menores preços aos consumidores. “A Codecon auxilia na busca pelo melhor preço, além de verificar a condição do produto, mas esse trabalho deve ser feito também com a contribuição da população. O consumidor precisa criar o hábito de realizar pesquisas antes de comprar, não só para economizar, mas também para garantir um produto com boa qualidade, pensando sempre no custo-benefício”, declarou o diretor-geral da Codecon, Humberto Viana.
A pesquisa é realizada anualmente tanto para verificar a variação de preço dos itens do caruru, como também as condições de consumo e armazenamento desses produtos. Os principais itens verificados são o azeite de dendê, o quiabo, o camarão seco, a castanha, o leite de coco, o feijão fradinho e o coco seco.
Os preços dos itens do caruru subiram, em média, de 15% a 20%. O produto com a maior elevação de preço foi o azeite de dendê, que varia de R$11 (o artesanal) a R$14 (o industrializado). O item cujo preço se manteve mais estável em relação ao ano passado é o amendoim torrado, encontrado por R$10 o litro
Segundo a vendedora de hortifrúti Leda Nascimento de Jesus, 57 anos, o fluxo de consumidores na Feira de São Joaquim, onde atua, ainda está aquém do esperado, mas sua expectativa é boa até o final deste mês. “O movimento ainda está fraco, as pessoas estão com o poder econômico bem defasado, mas aqui para o dia 27, com fé em Deus, a vendagem vai melhorar”, disse Leda, que vende o cento do quiabo por R$8.
Apesar de ser considerado o local mais barato para a compra dos produtos, o aposentado Amilton Costa, assíduo frequentador da Feira de São Joaquim, reclamou da inflação dos ingredientes do caruru este ano. "Tudo muito mais caro. A lata de azeite de dendê que custava R$70 com 16 litros, hoje custa R$150. O quilo do feijão fradinho, que custava R$2, agora subiu para R$5,50. A gente que tem fé não pode deixar de comprar, mas estou comprando bem menos", admitiu.
MULTA
Os comerciantes flagrados vendendo produtos de modo irregular geralmente são notificados com advertência pelo órgão, para que regularizem a situação. No entanto, quando se trata da comercialização de produtos com o prazo de validade vencido, é aplicado um auto de infração com previsão de multa, que varia conforme a receita dos últimos três meses do proprietário autuado.
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