Disputa entre facções deixa ao menos 116 mortos em prisão do Equador
O número de mortos no Equador é superior ao do maior massacre já registrado em uma prisão no Brasil - no Carandiru, em São Paulo (SP), quando 111 pessoas morreram em 1992.
Um confronto entre facções rivais em uma prisão na cidade de Guayaquil, no Equador, deixou pelo menos 116 mortos e 80 feridos. Todos eram detentos. Os conflitos e óbitos ocorreram a partir da noite da última terça-feira (28/9), mas só nesta quarta (29/9) o presidente equatoriano Guillermo Lasso confirmou o número de mortos.
Lasso declarou "estado de exceção nacional em todo o sistema prisional" após uma reunião com o comitê de segurança de Guayaquil. "É lamentável que as prisões estejam se tornando território de disputas de poder por facções criminosas. O Estado equatoriano vai agir, devemos agir, e a primeira decisão que tomamos é declarar o estado de exceção do sistema penitenciário em todo o território equatoriano ", disse o presidente em entrevista coletiva.
O número de mortos no Equador é superior ao do maior massacre já registrado em uma prisão no Brasil - no Carandiru, em São Paulo, quando 111 pessoas morreram em 1992.
Desesperados, familiares de detentos foram para o entorno da prisão exigir informações oficiais sobre vítimas e pedir proteção para prevenir novas mortes. Alguns também se dirigiram a um necrotério ao sul de Guayaquil em busca de informações sobre parentes.
Tiros e explosões em vários pavilhões acionaram as autoridades, que encontraram corpos feridos por balas e granadas. O jornal El Comercio noticiou que várias vítimas foram mutiladas. Em cinco casos houve decapitações. Em outros, cortes de membros.
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