Por que a Terra girou mais rápido nesta terça-feira? Entenda

Nesta terça-feira (5), a Terra registrou um dos dias mais curtos da história, com 1,25 milissegundo a menos do que o habitual. Embora imperceptível no cotidiano, a diferença chama a atenção da comunidade científica, que observa um fenômeno recorrente de aceleração na rotação do planeta.

A duração de um dia não é exatamente de 24 horas. Na verdade, a rotação da Terra varia diariamente por influência de fatores externos, como a gravidade exercida por corpos celestes, especialmente a Lua. Uma forma mais precisa de medir essa rotação é por meio do chamado Tempo Sideral, que leva em conta a posição de estrelas fixas no céu. De acordo com o Las Cumbres Observatory, um dia sideral tem 23 horas, 56 minutos e 4,1 segundos.

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Durante o ano de 2025, outras datas também se destacaram pela curta duração dos dias: 9 de julho (com 1,23 milissegundo a menos) e 22 de julho (com 1,36 milissegundo a menos). No entanto, o recorde do ano até agora foi em 5 de julho, quando o dia teve 1,66 milissegundo a menos que o padrão.

A aceleração da Terra contraria uma tendência de décadas de desaceleração da rotação do planeta. Tradicionalmente, esse processo era atribuído à interação gravitacional com a Lua, que está se afastando gradualmente da Terra e, com isso, transferindo energia rotacional, o que tornava os dias mais longos.

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Desde 2020, no entanto, esse padrão parece ter mudado. Uma das hipóteses para essa alteração envolve justamente a posição da Lua: quando está mais afastada do equador terrestre, sua influência sobre a rotação é reduzida. Outros fatores, como terremotos, mudanças climáticas, o derretimento de geleiras e a movimentação de águas subterrâneas também podem contribuir para variações sutis na rotação.

A explicação mais provável, segundo o site Space.com, está no núcleo líquido da Terra. Pesquisadores sugerem que, ao girar mais lentamente, o núcleo interno poderia estar provocando um aumento na velocidade de rotação das camadas superiores do planeta.

Cientistas seguem investigando o fenômeno, que ainda não possui uma causa definitiva.