PGR e relator: Veja o que já aconteceu no julgamento de Jair Bolsonaro
PGR e relator: Paulo Gonet e Alexandre de Moraes iniciam nesta manhã julgamento de Jair Bolsonaro e do 'núcleo duro' que seria responsável pela trama golpista
Por Da redação.
O ministro relator da ação penal relacionada à trama golpista, Alexandre de Moraes, iniciou o julgamento na manhã desta terça-feira (2), com um discurso no qual enviou mensagens contundentes contra a tentativa de ruptura democrática. Este é o primeiro dia de julgamento do 'núcleo duro', ou seja, os supostos responsáveis pela tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O processo começou a ser analisado pela manhã e pode se prolongar até o dia 12 de setembro, data prevista para a última sessão dedicada ao caso.
O ministro também respondeu às críticas de apoiadores de Bolsonaro sobre a rapidez na tramitação da ação. Moraes enfatizou que o processo seguiu o mesmo procedimento das outras 1.630 ações relacionadas à tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.
“Nesses momentos, a história nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação, pois o caminho aparentemente mais fácil e só aparentemente, que é da impunidade, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade e corrói a democracia, como lamentavelmente o passado recente no Brasil demonstra”.
O julgamento histórico na história da redemocratização, marca a primeira vez que um chefe de Estado no Brasil é investigado por tentativa de rompimento com a democracia. O julgamento, que é manchete até mesmo na imprensa interacional, está feito pela 1ª Turma do STF e é transmitido pelo Youtube.
PGR
Logo após, pelo rito processual, foi a vez do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O PGR adotou um tom ofensivo na acusação, ao afirmar que deixar de punir a tentativa de golpe "recrudesce ímpetos de autoritarismo" na sociedade e compromete a convivência civilizada.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes do governo pelas ações que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), tinham como objetivo impedir a posse do presidente Lula e manter o governo anterior no poder entre o fim de 2022 e o início de 2023.
"Não reprimir criminalmente tentativas dessa ordem recrudesce o autoritarismo e põe em risco o modelo de vida civilizada", destacou Gonet em sua manifestação.
Nas alegações finais apresentadas ao STF, o procurador afirmou que Bolsonaro não apenas seria o maior beneficiário da trama golpista — caso tivesse obtido êxito — como também liderava a organização criminosa que tentou subverter a democracia.
Durante o julgamento, Gonet salientou que o grupo colocou em "marcha planos de operação antidemocrática ofensiva ao bem jurídico tutelado".
A sessão volta nesta tarde com as defesas dos réus.
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