Delator da trama golpista, Cid pede para deixar o Exército
Mauro Cid, delator da trama golpista, solicita desligamento do Exército durante julgamento no STF
Por Da redação.
O tenente-coronel Mauro Cid, delator e também réu no processo que apura a trama golpista, solicitou o desligamento do Exército. A informação foi confirmada por sua defesa durante a abertura do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Como colaborador do caso, a defesa de Cid foi a primeira a se manifestar. Em seguida, por ordem alfabética, será a vez dos advogados dos outros sete acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além da defesa de Cid, também já se manifestaram o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.
Cid pede para deixar Exército
O advogado Jair Alves Ferreira explicou que o pedido de baixa foi apresentado porque Cid "não tem mais condições psicológicas de continuar como militar".
Mauro Cid relatou que considera o acordo de colaboração premiada um "processo traumático", já que incluiu informações que atingem não apenas Jair Bolsonaro, mas também generais de alta patente, como Braga Netto — atualmente preso por tentar obstruir as investigações — além de antigos colegas de farda.
Durante as alegações finais, última etapa antes do julgamento, a defesa destacou que a delação trouxe grande desgaste para o militar, que passou a ser visto como traidor e a enfrentar isolamento. Os advogados, entretanto, enfatizaram que sua colaboração foi essencial para expor pontos-chave do esquema golpista.
O pedido para deixar a carreira militar foi protocolado há cerca de um mês e ainda não recebeu decisão.
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