Sete trabalhadores são resgatados de situação análoga à escravidão na Bahia

Sete trabalhadores, entre eles três, foram resgatados em condições análogas à de escravidão

Por Da Redação.

Sete trabalhadores, entre eles três indígenas da etnia Pataxó Hã-Hã-Hãe, foram resgatados na terça-feira (27) de uma fazenda na zona rural de Guaratinga, no extremo sul da Bahia, em condições análogas à de escravidão.

Segundo a Polícia Civil, a operação foi realizada após uma denúncia anônima. No local, os trabalhadores relataram que eram submetidos a jornadas exaustivas, viviam em alojamentos precários, não tinham alimentação suficiente e enfrentavam restrições à liberdade de locomoção, inclusive para buscar atendimento médico.

+ Ônibus deixam de circular após toque de recolher em Lauro de Freitas

+ Idoso é preso suspeito de estuprar e 'tentar comprar' adolescente na Bahia

Foto: Polícia Civil da Bahia

Um dos trabalhadores informou que, ao adoecer, só conseguiu atendimento hospitalar na cidade de Itabela, também na região, após receber ajuda de um colega, que pagou o transporte com sacas de café.

De acordo com os relatos, itens básicos como cestas de alimentos, equipamentos de proteção (botas e luvas) e garrafas térmicas para água eram cobrados, aumentando a dívida imposta aos trabalhadores. Além disso, as passagens utilizadas para chegar à fazenda teriam sido convertidas em dívidas, impedindo que deixassem o local antes do fim da colheita.

Foto: Polícia Civil da Bahia

Ainda segundo a polícia, os trabalhadores estavam alojados em uma casa de madeira com dois quartos, sem banheiro e em condições sanitárias "extremamente insalubres". Eles foram encaminhados a um imóvel em Itabela, onde receberam alimentação, assistência básica e transporte para retorno às cidades de origem.

O proprietário da fazenda foi identificado, mas ainda não havia sido localizado até a última atualização da ocorrência. As investigações seguem em andamento.

Foto: Polícia Civil da Bahia

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.