Foi preso o traficante "Buiú", criminoso fugitivo, conhecido por motivar a incursão de policiais até uma pousada no município de Itajuípe, no Sul da Bahia, que acabou resultando na morte de um policial que fazia a segurança prévia do, á época, candidato a governador da Bahia, ACM Neto. O caso aconteceu em setembro do ano passado.
O criminosos foi preso em uma casa de luxo no estado do Mato Grosso do Sul, na manhã de domingo (01/01). Buiú estava com 12 amigos aproveitando o Ano Novo, quando foi surpreendido na residência por policiais do estado, que haviam recebido informações da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis).
QUEM É O TRAFICANTE
Buiú se aproveitou de uma saída temporária da prisão, quando empreendeu fuga rumo ao interior da Bahia no dia 27 de setembro. Na mesma noite, policiais militares abriram fogo contra uma homens em pousada, segundo a Secretária de Segurança Pública (SSP), com informações de que o traficante foragido estava no local.
Buiú é líder do PCC na Bahia, e atua na região de Porto Seguro, no sul do estado. De acordo com apuração do Aratu On, ele foi beneficiado por um "saidão" temporário, que venceria no dia 4 de outubro do ano passado. Ele estava com tornozeleira eletrônica, mas rompeu o equipamento na BR-324, em Candeias. Em seguida, ele começou a ser monitorado pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia.
VERSÕES DO CRIME: SSP
A caça ao criminoso resultou em uma tragédia horas depois. Na caça a Buiú, policias chegaram a uma pousada, no município de Itajuípe, após terem recebido a informação de que ele estava no local. Contudo, os homens armandos que estavam hospedados eram agentes que realizavam a segurança do ex-prefeito de Salvador e então candidato ao governo da Bahia, ACM Neto.
A nota oficial da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), divulgada à época, aponta que os dois policiais militares que atuavam como seguranças do candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), atiraram contra os colegas de farda, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Cacaueira).
O subtenente Alberto Alves dos Santos não resistiu aos ferimentos. Já o sargento Adeilton Rodrigues D'Almeida foi baleado, mas sobreviveu. "Outros dois homens, que estavam armados, reagiram à tentativa de abordagem e atingiram dois soldados que estavam em serviço", declarou a SSP, em nota à impnresa.
OUTRA VERSÃO DO CRIME
O sargento Adeilton Rodrigues D'Almeida, um dos policiais baleados na Pousada Itajuípe, deu sua versão do ocorrido no local, envolvendo mais agentes da Polícia Militar. Ele desmente a versão divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
"Não sei se eu caí no chão, se me joguei no chão… aí alguns policiais entraram, quebraram a janela e a porta e já atiraram. [Disse] 'Sou polícia' e ainda assim me alvejaram mais três vezes. Aí me deixaram lá. Eu gritando 'eu sou polícia, me dê socorro', mas não me deram, e saí me arrastando até a porta do quarto. Chegando lá, consegui me segurar na parede e fiquei sangrando muito. Um policial, o tempo todo, apontando um fuzil pra mim, dizendo que ia me matar", disse o sargento.
De acordo com o sarrgento, mesmo após ele ter se identificado. os policiais que invadiram o quarto atirando mandaram D'Almeida calar a boca, alegando que "sabiam quem ele era". Só depois de aproximadamente uma hora, segundo ele, que o conduziram em uma viatura para prestar socorro. Antes, teriam utilizado a arma dele para dar diversos disparos dentro do quarto, com a inteção de simular um revide.
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