Veja como vai ficar o teleférico do Subúrbio em Salvador

Com obras previstas para o primeiro semestre de 2026, o novo teleférico do Subúrbio, que teve seu projeto proposto pela Prefeitura de Salvador nas comemorações do 2 de Julho,  finalmente foi divulgado. Segundo a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, ele promete reduzir em mais de 1h o tempo de deslocamento dos moradores da região.

Recentemente, o ministro da fazendo, Fernando Haddad, autorizou uma garantia de R$730 mil para financiar o teleférico. As pessoas que moram nos bairros mais altos do Subúrbio, como no Alto da Terezinha e da Plataforma, gastam em média entre 1h e 1h30m para chegar à estação de metrô de Águas Claras. Com o novo teleférico, esse tempo será reduzido para 18 minutos de trajeto.  

"É uma economia de tempo que o passageiro vai ter. Quem mora no Subúrbio e quer vir ao Centro da cidade. Hoje, ele faz um retorno grande pela BA-528, que é uma via de tráfego intenso", diz Tânia.

Elaboração do novo teleférico 

O projeto tem data prevista para 2029, cerca de três anos para ser implementado, com um trajeto de 4,3 quilômetros, o novo teleférico será um modal complementar que irá ligar Praia Grande ao Bairro de Campinas de Pirajá, somando em quatro estações. 

A Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) é o órgão responsável pela coordenação e elaboração de planos urbanísticos e arquitetônicos dos principais espaços e equipamentos públicos da capital baiana. De acordo com a Superintendência de Obras Públicas (Sucop) , o material para a construção do teleférico será entregue no final deste mês. 

As cabines foram projetadas para uma média de 10 passageiros. Ainda não há informações sobre quantas unidades farão parte do projeto. As informações mais precisas só serão divulgadas a partir da licitação. No entanto, há uma estimativa de que o teleférico transporte cerca de quatro mil pessoas por hora nos dois sentidos, o que ampliaria o deslocamento de pessoas, visto que, em comparação ao metrô de Salvador, onde se transporta cerca de 40 mil pessoas por dia, e tem prazo de expansão até o Campo Grande para 2027, de acordo com o site oficial da CCR. 

As quatro estações serão instaladas em Campinas de Pirajá (ao lado da estação do metrô), no centro de Pirajá, no Rio Sena (dentro do Projeto Mané Dendê) e em Praia Grande. No total, serão 27 torres. Em alguns pontos, a altura do equipamento chegará a 45 metros. Ele deve funcionar de domingo a domingo, com a tarifa incluída no modelo de integração atual.

A obra é complexa e exige um planejamento para além da construção civil. "Nós temos que fazer um grande trabalho na área social, entendendo que a população de Salvador que vai ser beneficiada com o teleférico não conhece o equipamento. A gente precisa fazer essa comunicação, fazer reuniões com as comunidades que serão diretamente beneficiadas", diz Tânia. De acordo com a presidente da fundação, os estudos complementares devem ser finalizados em dois meses.

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