Vice-prefeito é denunciado pelo assassinato de prefeito na Bahia; intenção seria assumir o mandato
Vice-prefeito é denunciado pelo assassinato de prefeito na Bahia; intenção seria assumir o mandato
O principal suspeito de matar o prefeito de Itagimirim, Rielson Santos Lima, foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia nesta terça-feira (27/10). O então vice-prefeito, Rogério Andrade de Oliveira, junto com o irmão, Sandro Andrade de Oliveira, e um amigo, identificado como Jaimilton Neves Lopes, teriam tramado o crime, que aconteceu no dia 29 de julho de 2014. Outras pessoas, que não tiveram as suas identidades reveladas, ainda estão sendo procuradas pela polícia.
De acordo com o MP-BA, Rielson estava em um bar, no centro da cidade, quando Jaimilton chegou, em uma moto, e atirou contra ele. O suspeito foi preso preventivamente, junto com o vice-prefeito. As eleições de 2012 seriam a motivação para o crime, pois a chapa de Rielson e Rogério teria feito diversos empréstimos, sendo o vice-prefeito responsável pela dívida e o gestor o avalista. A dupla não conseguiu pagar os valores e, por conta disto, teria brigado.
As investigações revelaram que o então prefeito resolveu “se recusar a desviar recursos públicos para quitá-la”, o que não foi aceito pelo vice. Outro desentendimento, gerado pela aprovação do orçamento municipal pela Câmara dos Vereadores, levou Rogério a romper com o prefeito publicamente, sendo assim, todos os seus indicados foram exonerados de cargos públicos na Prefeitura.
De acordo com o promotor de Justiça, Helber Luiz Batista, as dívidas e o rompimento político foram os motivos do crime. “De posse do cargo de prefeito, Rogério teria acesso aos cofres públicos para quitar a dívida e viria a nomear seu irmão para o cargo de secretário municipal”, afirmou o promotor na denúncia.
Para executar o seu plano, Rogério ainda simulou uma reconciliação política com o então prefeito e, junto com seu irmão, que está foragido, contratou Jaimilton para executar o crime. "As investigações da polícia continuam, pois há indícios de participação de pessoas ainda não identificadas no crime”, destaca o promotor.
Rielson chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Com a sua morte, Rogério assumiu o mandato por mais de dois anos, até a eleição seguinte, em 2018.
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