Suspeito de matar soldado do Exército no Cabula se entrega no DHPP acompanhado da mãe
Suspeito de matar soldado do Exército no Cabula se entrega no DHPP acompanhado da mãe
Um dos suspeitos de participar da morte do soldado do Exército Fernando Guardiano se apresentou na tarde desta quinta-feira (12/3) na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Salvador. Aslan Oliveira dos Santos foi levado para a delegacia pela própria mãe.
O rapaz, até a publicação desta reportagem, estava sendo ouvido por um delegado. A mãe dele não terá o nome divulgado, mas ela confirmou que ele confessaria o crime durante a apresentação na Delegacia de Homicídios Central, que apura todo o caso.
Até a publicação desta reportagem, a Polícia Civil não tinha se pronunciado oficialmente sobre a apresentação do suspeito.
MORTE DE OUTRO SUSPEITO
Durante o interrogatório, a polícia deve saber de Aslan o envolvimento ou não de um rapaz identificado pelo prenome de Silas, apelidado de "Galo". Ele foi morto após uma ação policial montada por guarnições da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT/Rondesp Central), da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Tancredo Neves) e 6° Batalhão de Polícia do Exército após o desaparecimento e tortura de Fernando.
As guarnições receberam informações de que os três homens suspeitos do crime estavam próximo a um bar. Ao chegarem no local, os policiais foram recebidos a tiros. Houve revide e, após o confronto, "Galo" foi localizado. O criminoso chegou a ser socorrido, sendo encaminhado ao Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos. Com ele foi apreendida uma pistola, que foi apresentada na delegacia.
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DESABAFO
A mãe de Fernando, Cristiane Guardiano, ficou emocionada durante o enterro do filho, que aconteceu na terça-feira (9/3) no Cemitério da Quinta dos Lázaros. "Eu falei 'não vai, meu filho, não vai', mas ele não me ouviu", disse. Em seguida, fez um apelo: "Todos os filhos, obedeçam suas mães, que as mães não querem mal nenhum aos filhos", desabafou durante entrevista exclusiva ao Aratu On.
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ASSASSINATO
Era madrugada de domingo (8/3) quando Fernando e dois colegas entraram na localidade da Timbalada. Segundo informações do ferido, a situação ocorreu por volta das 2h. Ele e a vítima fatal tinham levado um terceiro colega, de carona em um carro para casa, depois de saírem de uma festa na Estrada das Barreiras - que também fica localizada no bairro do Cabula.
As vítimas foram abordadas por três bandidos armados. Os criminosos, ligados à facção Comando da Paz (CP) - que chefia o tráfico de drogas na Timbalada - teriam confundido os militares com integrantes de uma facção rival da região. Os dois amigos receberam coronhadas e foram levados para uma lagoa, onde os traficantes fizeram quatro disparos. Fernando não conseguiu sair.
O corpo do soldado foi encontrado na manhã de segunda-feira (9/3) após buscas do Corpo de Bombeiros.
VÍDEO FALSO
Após o crime, várias informações falsas começaram a circular pelas redes sociais sobre a morte de suspeitos. Um vídeo, inclusive, mostrava uma suposta operação do Exército Brasileiro na mesma região onde Fernando foi executado.
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O Aratu On entrou em contato com fontes ligadas ao alto comando da corporação. Oficiais do 19º Batalhão de Caçadores (19 BC) - que fica sediado no Cabula - e do 6º Batalhão de Polícia do Exército (6º PE) garantiram que a ação gravada no vídeo foi realizada em 2019 e não foi operacional. Na verdade, os militares participavam de uma marcha de 16 quilômetros como parte dos treinamentos oficiais. Eles não disseram, porém, onde aconteceu.
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