REFORMA: Ministro da Saúde revela que SUS precisa ser revisto para continuar funcionando
REFORMA: Ministro da Saúde revela que SUS precisa ser revisto para continuar funcionando
Em entrevista à Folha de São Paulo na última segunda-feira (16/5), o novo ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR) disse que, em algum momento, será necessário repensar os direitos constitucionais, como o acesso universal à saúde, pois corre o risco do país não conseguir mais mantê-los.
De acordo com o ministro, que também foi relator do Orçamento de 2016 na Câmara, o país não dispõe de capacidade financeira suficiente para suprir todas as garantias constitucionais.
“Vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las”, afirmou na entrevista.
“Temos que chegar ao ponto do equilíbrio entre o que o Estado tem condições de suprir e o que o cidadão tem direito de receber”, completou.
Ainda segundo o ministro, o país não está em um nível de desenvolvimento econômico que permita garantir esses direitos por conta do Estado.
?Só para lembrar, a Previdência responde por 50% das despesas do Orçamento da União. O Estado acaba sendo um fim em si mesmo, e não um meio. O que adianta o médico sem remédio, o pedreiro sem o tijolo, o motorista sem o combustível. Nada. Não presta serviço para a comunidade?, completou.
Por fim, Barros defendeu que uma das prioridades do Ministério é aperfeiçoar os sistemas de informação e de gestão dentro do SUS para que haja mais eficiência e menos desperdício. O objetivo, afirma, é saber “como é gasto cada centavo no SUS”.