Ministério da Defesa gasta verba da Covid para comprar filé mignon e picanha, diz TCU

Segundo informações do levantamento sigiloso feito pela Selog (Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas) obtido pela Folha, foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo.

Por Da Redação.

Ministério da Defesa gasta verba da Covid para comprar filé mignon e picanha, diz TCUIlustrativa / Pixbay

O Ministério da Defesa gastou recursos destinados ao enfrentamento da Covid-19 para a compra de filé mignon e picanha. A constatação é de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).

Os dados foram publicados pelo  jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (27/12).

Segundo informações do levantamento sigiloso feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas obtido pela Folha, foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo.

De acordo com a publicação, a auditoria foi aberta para investigar supostas irregularidades na aquisição de gêneros alimentícios desde 2017. Chamaram a atenção dos técnicos os gastos das Forças Armadas durante a pandemia em 2020 - ao contrário do que aconteceu com os Ministérios da Educação e Saúde -.

A assessoria de imprensa da Defesa afirmou, em nota, que as atividades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram mantidas na pandemia. Isso inclui, disse o órgão, a alimentação fornecida às tropas.

A auditoria constatou que, dentre os órgãos superiores dos três Poderes, a Defesa foi o que mais gastou recursos para compra de itens considerados não essenciais. Destacam-se bacalhau, salmão, camarão e bebidas alcoólicas.

"[...] Não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela qual o país está passando, decorrente da pandemia", aponta o TCU.

Parte do dinheiro usado para a compra dos itens não essenciais, como filé mignon e picanha, foi obtida da ação orçamentária "21C0 – Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus".

O tribunal lembrou que o Estatuto dos Militares prevê que a alimentação, por meio do fornecimento de refeições, é direito dos militares em atividade.

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