Decotelli deixa Ministério da Educação antes de tomar posse após inconsistências no currículo acadêmico vazarem
Decotelli deixa Ministério da Educação antes de tomar posse após inconsistências no currículo acadêmico vazarem
O recém-nomeado ministro da Educação, Carlos Decotelli, pediu demissão antes mesmo de tomar posse, na tarde desta terça-feira (30/6), sem que completasse uma semana no cargo.
As revelações que apontam inconsistências no currículo do ex-ministro dele não pararam de surgir desde que o seu nome veio a público. A última foi na noite de segunda-feira (29/6), quando a Fundação Getúlio Vargas (FGV) negou que ele tenha sido professor titular da instituição. Ao que tudo indica, essa foi a gota d'água para a permanência do economista no comando da pasta.
A informação de que Decotelli havia sido professor da FGV constava no currículo dele, mas foi corrigida pela instituição na noite de segunda-feira (29/6). Segundo a FGV, o ministro foi professor colaborador de diversos cursos de pós-graduação: "Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, como professor colaborador, nos programas de formação de executivos, e não como professor de qualquer das escolas da Fundação”.
Antes disso, os títulos de doutor e o pós-doutor do professor, que haviam sido apontados por Jair Bolsonaro na época da nomeação, foram contestados pelas universidades correspondentes. Tanto o reitor da Universidade Nacional de Rosario, Franco Bartolacci, quanto a Universidade de Wuppertal (Bergische Universität Wuppertal), onde o professor afirma ter concluído seu pós-doutorado contradisseram as informações que apareciam em seu currículo. O documento foi editado logo depois pelo próprio Decotelli, que retirou as informações.
Por coincidência, a saída de Decotelli do Minisério da Educação ocorre no dia em que estava marcada inicialmente a cerimônia de posse dele na pasta. Um dia antes, porém, o evento foi adiado pelo governo federal, sem comunicar uma nova data. O nome do substituto ainda não foi divulgado pelo Planalto.
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