Sepultamento de Mãe Bernadete é marcado por multidão e aplausos

Amigos, familiares e autoridades estiveram presentes no local para a despedida da líder do Quilombo Pitanga dos Palmares

Por Lucas Pereira.

Sepultamento de Mãe Bernadete é marcado por multidão e aplausosLicia Fontenele/TV Aratu
Foi neste sábado (19/8) o sepultamento de Mãe Bernadete, liderança quilombola assassinada na noite da última quinta-feira (17). A cerimônia aconteceu no Cemitério Ordem Terceira de São Francisco, na Baixa de Quintas, em Salvador. Amigos, familiares e autoridades estiveram presentes no local para a despedida da líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Maria Bernadete Pacífico, de 72 anos, estava em casa, na comunidade quilombola, quando dois homens chegaram em uma moto e atiraram contra a residência da yalorixá. O velório aconteceu na sexta-feira, no Quilombo Pitanga dos Palmares e na manhã do sábado, um cortejo trouxe o corpo de Mãe Bernadete para Salvador, sendo utilizado um carro de bombeiros. No momento do sepultamento, os presentes fizeram uma salva de palmas em homenagem à líder religiosa. [video width="848" height="480" mp4="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/08/WhatsApp-Video-2023-08-19-at-11.18.08.mp4"][/video] INVESTIGAÇÕES Em entrevista concedida na tarde de sexta, a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Bahia, delegada Andrea Ribeiro, disse que todas as medidas iniciais já foram adotadas no sentido de identificar e prender o mais rápido possível os autores do assassinato de Mãe Bernadete. A equipe não descarta uma relação deste crime com o homicídio do filho da vítima, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, há seis anos. LEIA MAIS: Mãe Bernadete: Polícia não descarta relação com homicídio do filho O Quilombo Pitanga dos Palmares, do qual Mãe Bernadete era a principal liderança, lutava contra a desapropriação das terras para dar lugar a empreendimentos como um presídio e um pedágio, já construídos, além de uma ferrovia, em construção. Isso é o que consta no levantamento do Mapa de Conflitos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 2019. De acordo com o Mapa, o território quilombola tem uma área de 854,2 hectares e tem sido disputado pela especulação imobiliária. A terra é próxima dos polos industrial e petroquímico e foi explorado para a construção de grandes empreendimentos públicos e privados, como a construção do Complexo Penitenciário Simões Filho, inaugurado em 2007, o projeto de construção da Variante Ferroviária de Camaçari e as obras na rodovia BA–093. Ainda segundo a pesquisa, os quilombolas relatam problemáticas ambientais e sociais, como queimadas e desmatamentos, ameaças e assassinatos e vulnerabilidade a rebeliões e fugas do presídio. LEIA MAIS: Quilombo de Mãe Bernadete lutava contra construção de presídio, pedágio e ferrovia Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no InstaFacebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!

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