Produção nas indústrias da Bahia cai em outubro; segmento estava crescendo por cinco meses
Produção nas indústrias da Bahia cai em outubro; segmento estava crescendo por cinco meses
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o mês de outubro não foi bom para a indústria baiana. Os números revelados nesta quarta-feira (9/12) mostram variação negativa de 0,1% do mês em relação a setembro.
Após a queda gerada pela pandemia, a Bahia havia registrado cinco meses de crescimentos consecutivos. Esse é o primeiro resultado negativo desde abril, quando houve queda de -24,7%. Comparado com o desempenho nacional, avaliado em -1,1%, a Bahia ficou melhor que a média.
No acumulado entre março e outubro, as indústrias baianas cairam 7,6%. Dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE, apenas oito apresentaram crescimento na passagem de setembro para outubro.
Os melhores desempenhos ocorreram no Paraná (3,4%), Pernambuco (2,9%) e Santa Catarina (2,8%). Rio de Janeiro (-3,9%), Goiás (-3,2%), Pará (-1,8%) e Espírito Santo (-1,8%) tiveram as maiores quedas.
COMPARATIVO ANUAL
Em relação a outubro de 2019, a produção industrial baiana também caiu 6,5% pelo sétimo mês consecutivo, já que apresenta resultados negativos desde abril. O IBGE ressalta que ritmo da queda, que estava reduzindo, voltou a se intensificar. Em setembro, a queda havia sido de -1,4%, mais de quatro vezes menor que a registrada agora.
A média nacional em relação ao ano anterior foi de aumento de 0,3%. Apenas a Bahia e outros cinco Estados tiveram queda entre os 15 locais investigados, ficando à frente apenas de Espírito Santo (-7,6%), Goiás (-9,6%) e Mato Grosso (-11,7%). Por outro lado, Santa Catarina (7,6%), Pernambuco (7,2%) e Ceará (6,1%) tiveram os melhores resultados.
No acumulado anual de janeiro a outubro de 2020, a produção da indústria na Bahia acumula perda de -6,9%, em relação ao mesmo período de 2019. O resultado é um pouco pior que o do Brasil como um todo: -6,3%.
Considerando o período de outubro de 2019 até outubro de 2020, a indústria baiana também se mantém no negativo, com queda de -6,2% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado também está pior que o verificado no Brasil como um todo (-5,6%).
PRODUTOS
Em outubro, quedas em veículos (-32,4%) e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-6,9%) foram os maiores vilões. A queda na produção refletiu tanto na indústria extrativa (-10,1%), com quarto recuo consecutivo, quanto na indústria de transformação (-6,3%), sétima queda seguida.
Houve recuos em cinco das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, com destaques para a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-32,4%) e a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-6,9%). Para o IBGE, Foram elas que mais puxaram a produção industrial baiana como um todo para baixo, em outubro.
Apesar da queda não tão acentuada, o segmento de derivados de petróleo é o mais representativo na estrutura industrial baiana e teve, em outubro, seu segundo resultado negativo após um ano de crescimentos consecutivos, inclusive durante a pandemia (a produção aumentou mês a mês entre agosto de 2019 e agosto de 2020).
Já a indústria automobilística da Bahia cai seguidamente desde fevereiro e se mantém com o pior desempenho no ano de 2020, com queda de -45,1% em relação ao mesmo período de 2019. Houve aumento apenas em outros produtos químicos (7,1%) e da fabricação de celulose, papel e produtos de papel (7,1%).
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