STF manda suspender buscas da Polícia Federal no gabinete de José Serra; Senador é suspeito de "caixa dois"
STF manda suspender buscas da Polícia Federal no gabinete de José Serra; Senador é suspeito de "caixa dois"
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspendeu, a pedido do Senado Federal, o mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) que tinha como alvo o gabinete do senador José Serra (PSDB-SP). Serra é um dos alvos da Operação Paralelo 23, deflagrada na manhã desta terça-feira (21/7), na terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral.
Segundo a investigação, a campanha de José Serra ao Senado, em 2014, teria recebido repasses ilegais que chegam a R$ 5 milhões. Em sua decisão, Toffoli alegou que as buscas seriam indevidas, por se tratar de uma investigação anterior ao atual mandado do tucano.
O delegado responsável pelo caso, Milton Fornazari Júnior, rebateu o argumento do Senado, e explicou que o inquérito originado no próprio STF foi transferido à primeira instância pela Suprema Corte, exatamente porque os supostos crimes cometidos não foram feitos no atual mandato. "Pela decisão do Supremo, ele [o juíz] tem a mais completa competência para decretar todos os atos para a investigação policial, como medidas de sequestro, colaboração premiada e quebras de sigilo", afirmou Fornazari.
Ele acrescentou, ainda, que o local não tem foro privilegiado. "Quem tem é o senador", completou. Em nota, José Serra negou as acusações e afirmou que a investigação era, até então, "desconhecida" dele e de sua defesa.
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