Policiais envolvidos na ação que terminou com nove mortes em favela paulista são afastados
Policiais envolvidos na ação que terminou com nove mortes em favela paulista são afastados
Polícia Militar afastou seis PMs envolvidos na ação que terminou com a morte de nove jovens em um baile funk de Paraisópolis, zona sul de São Paulo no fim de semana. Os agentes foram transferidos para funções administrativas. Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou as mortes no último domingo (1º/12), mas buscou destacar que o plano de policiamento do Estado “não mudará” por causa dessa ação.
Os seis agentes tirados das ruas são Rodrigo Cardoso da Silva, de 31 anos; Antonio Marcos Cruz da Silva, de 45; Vinícius José Nahool Lima, de 35; Thiago Roger de Lima Martins de Oliveira, de 37; Renan Cesar Angelo, de 31 e João Paulo Vecchi Alves Batista, de 36. Eles foram os primeiros agentes a entrar na favela durante a ação.
Conforme a versão oficial, seis PMs participaram inicialmente da perseguição a uma dupla de suspeitos, que terminou no tumulto dentro do baile funk. Depois, segundo o registro oficial, eles pediram apoio da Força Tática. Ao todo, 38 policiais participaram da ação.
O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Salles, disse preferir evitar a expressão “afastamento”. “Os policiais (envolvidos no caso) não estão afastados. Eles estão preservados”, afirmou Salles. “Temos de concluir o inquérito. Não haverá açodamento de condenados anteriormente antes do devido processo legal. Eles estão preservados e continuarão nas unidades, em serviços administrativos, no mesmo horário deles, fazendo outras coisas”, afirmou, ao citar que, em eventos em que há mortes, os policiais passam por acompanhamento médico e psicológico.
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