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Após morte de bebê em recepção, MP verifica irregularidades na maternidade do Hospital Geral de Camaçari

Após morte de bebê em recepção, MP verifica irregularidades na maternidade do Hospital Geral de Camaçari

Por Da Redação

Após morte de bebê em recepção, MP verifica irregularidades na maternidade do Hospital Geral de Camaçaridivulgação / MP

O ?Projeto Cegonha: Efetivando a Dignidade? visitou na última quinta-feira (8/12), a maternidade do Hospital Geral de Camaçari (HGC), na Região Metropolitana de Salvador. Na inspeção, a coordenadora do projeto, promotora de Justiça Mirella Brito, detectou uma série de problemas estruturais e de falta de pessoal.

A fiscalização, realizada pelo Projeto Cegonha, foi motivada pela notícia de que uma gestante deu à luz um bebê natimorto antes de conseguir atendimento na unidade. A diretora-geral do HGC, Maria Del Carmen, explicou que a paciente foi atendida rapidamente, porém, ?como o feto já estaria morto há mais de 24 horas, o trabalho de parto ocorreu em cinco minutos, antes que ela tivesse acesso ao centro cirúrgico?. A inspeção teve acompanhamento dos servidores do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública (Cesau), Candice Lisboa e Rafael Costa, e da servidora da Promotoria de Justiça de Camaçari, Denise Brito.

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Com 40 leitos para parto e seis para internamento, a maternidade conta com uma equipe de três médicos obstetras, dois anestesistas e três enfermeiras obstetras. Dentre os problemas encontrados, a promotora destacou o atraso nas obras de construção do prédio próprio da maternidade, que funcionará ao lado do HGC. ?O cronograma da construção está mais de seis meses atrasado, o que pode impactar na entrega do equipamento, que atenderá gestantes de alto risco da Região Metropolitana de Salvador?, destacou Mirella Brito, que conversou com o encarregado da obra e um representante da Conder.

Também foi observado que a recepção da maternidade é a mesma para pacientes de urgência e emergência, infiltrações no ambiente, aparelhos de ar-condicionado quebrados nas salas de parto, o não funcionamento 24 horas do setor de classificação de risco que estava com computadores quebrados, inclusive o utilizado pela equipe de regulação, atrapalhando no processo de transferência de pacientes de alto risco. A promotora de Justiça  informou que fará o encaminhamento do constatado para análise do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Moralidade Administrativa e Defesa do Patrimônio Público (Caopam) e do Ministério Público Federal.

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