Jovem investigado lamentou não ter participado de massacre em Suzano, diz polícia
Jovem investigado lamentou não ter participado de massacre em Suzano, diz polícia
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, responsável pelas investigações do massacre da escola Raul Brasil em Suzano, afirmou que o jovem de 17 anos, amigo dos assassinos, negou envolvimento direto com a ação, mas lamenta não ter sido incluído no ato.
O Ministério Público de São Paulo interrogou o ex-aluno da escola Raul Brasil na manhã de sexta-feira (15/3) pela segunda vez. Na última quarta-feira (13), ele já havia sido ouvido pela polícia. Ontem, foram quase duas horas de depoimento no Fórum de Suzano, colhido pelo promotor Rafael Ribeiro do Val.
No depoimento, o jovem reiterou que Guilherme Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, autores do ataque e mortos na ação, já haviam comentado sobre o desejo de realizar um atentado em uma escola.
Segundo a polícia, o jovem investigado sugeriu aos dois que utilizassem bombas e explosivos, mas disse que não colaborou com a ação. Ele é investigado como um possível terceiro elemento por trás do massacre, que deixou dez mortos.
A polícia também realizou buscas na casa dele e encontrou coturnos muito parecidos aos utilizados por Guilherme e Luiz Henrique, além de anotações em código. O delegado pediu a apreensão do ex-aluno, mas a promotoria concluiu que não havia indícios suficientes e vai aguardar a conclusão do inquérito.
“Ele tinha ligação direta com todo o planejamento, ajudou a iniciar toda a execução e não participou da ação. É muito perigoso, do nosso ponto de vista, deixá-lo em liberdade. Ele pode e já disse em depoimento que queria ter participado e que gostaria de fazer isso”, disse Fontes.
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