‘Quem matou Marielle?’: mortes de vereadora e motorista completam 11 meses
‘Quem matou Marielle?’: mortes de vereadora e motorista completam 11 meses
Exatos 11 meses depois, a pergunta “Quem matou Marielle” ainda continua sem resposta. No dia 14 de março do ano passado, a vereadora Marielle Francisco da Silva e o motorista Anderson Pedro Gomes foram executados a tiros no centro do Rio de Janeiro, após um evento político.
Apesar de não faltarem hipóteses para o crime, as investigações são resguardadas por sigilo. O mais provável, segundo investigadores e autoridades que acompanham o assunto, é que o crime tenha sido cometido por milicianos. No Rio, as milícias – grupos paramilitares – são conhecidas por controlar, ilegalmente e de forma armada, territórios mais pobres do estado.
Em setembro do ano passado, o chefe do Departamento de Homicídios da Polícia Civil do Rio, Giniton Alves, disse à Agência Brasil que “o absoluto sigilo das apurações realizadas” é a “maior garantia para o alcance dos autores e mandantes dos crimes investigados”.
APURAÇÕES
Também em 2018, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que a Polícia Federal apuraria se agentes do Estado estariam interferindo nas investigações da Polícia Civil. Ele disse que havia indícios relevantes de práticas de corrupção, ocultamento e compra de agentes públicos para impedir a descoberta dos mandantes do crime.
Em nota, o Comando Militar do Leste informou que as investigações estão com a Secretaria Estadual da Polícia Civil. Por sua vez, a Polícia Civil disse, também em comunicado, que as investigações sobre o caso Marielle estão sob sigilo. A Polícia Federal afirmou que não comenta.
O CRIME
No dia 14 de março de 2018, Marielle deixou a “Casa das Pretas”, na Lapa, onde havia participado de uma mesa-redonda, e entrou no carro guiado por Anderson, um Chevrolet Agile branco. O veículo deixou a Rua dos Inválidos e seguiu em direção à casa da vereadora, na Tijuca, na zona norte.
Em um cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante de sua casa, um carro emparelhou com seu Chevrolet Agile e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde se sentava Marielle. Treze atingiram o carro.
LEIA MAIS: Ex-PM suspeito de participar do assassinato de Marielle é preso no Rio
Quatro disparos atingiram a cabeça da parlamentar. Apesar dos tiros terem sido disparados contra o vidro traseiro, três deles, por causa da trajetória dos projéteis, chegaram até a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.
A única sobrevivente foi uma assessora de Marielle. O carro, ou os carros usados no crime, pois há suspeitas de dois veículos, deixaram o local, sem que os autores do homicídio pudessem ser identificados: as câmeras de trânsito que existem na região estavam desligadas.
LEIA MAIS: Delegados do Rio criticam investigação paralela da PF no caso Marielle
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuonline.com.br/aovivo e no www.aratuonline.com.br/lives. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.