BA-VI: Com Barradão lotado, Vitória tenta reverter vantagem para faturar o tricampeonato
BA-VI: Com Barradão lotado, Vitória tenta reverter vantagem para faturar o tricampeonato
Nos primeiros 90 minutos, a festa foi azul, vermelha e branca. Pouco mais de 39.670 tricolores celebraram o triunfo do Bahia por 2 a 1 na Fonte Nova. Agora, a partir das 16h deste domingo (8/4), será a vez da nação rubro-negra “dar o troco”. A expectativa é que a resposta seja à altura. Afinal, os 30.618 ingressos colocados à venda para a grande final do Campeonato Baiano 2018, no Barradão, esgotaram-se com dois dias de antecedência.
Como perdeu o primeiro jogo, o Vitória precisa de um triunfo ‘simples’ para comemorar o tricampeonato estadual. Qualquer empate, por sua vez, dá o título ao Bahia. Além do troféu, que leva o nome de José Maria Almeida de Santana – radialista e dirigente de futebol -, a partida marca o reencontro das equipes no estádio após a briga que aconteceu no duelo da primeira fase, no último dia 18 de fevereiro.
Na ocasião, o jogo terminou antes dos 90 minutos – mais precisamente, aos 34 do segundo tempo – porque o Rubro-negro, depois de cinco jogadores expulsos, não tinha mais o número de atletas suficiente para seguir em campo. Dias depois, o clássico, que foi encerrado com o empate em 1 a 1, teve o Bahia declarado vencedor por 3 a 0.
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Agora, a promessa, mais uma vez, é de paz. Pelo menos é o que garante o meia Vinícius. Pivô da confusão pela dança que fez na comemoração do gol tricolor, o jogador está ciente que será alvo da torcida rubro-negra quando a bola começar a rolar e, inclusive, evitou polemizar sobre o assunto.
“Aquele episódio lamentável serviu de aprendizado. Fui um dos pivôs e não queria violência. Cada um teve que fazer reflexão. Nesse Ba-Vi, que vai ser de torcida única, não vou fazer (a dancinha), se fizer gol, por respeito à torcida do Vitória e até mesmo aos jogadores”, disse, em entrevista coletiva, durante a semana.
SINALIZADORES, BATERIAS, BANDEIRAS…
Apesar de ter revertido a vantagem do Vitória e atuar ‘apenas’ pelo empate para se sagrar campeão, Vinícius & Cia. sabem que a tarefa não será nada fácil. E não é por menos, já que a torcida rubro-negra promete uma recepção calorosa para o ônibus que levará os atletas ao Barradão. A festa, ainda do lado de fora da Toca, vai ter direito a sinalizadores, bateria e bandeiras. Vale lembrar que a entrada desses materiais no estádio não é permitida.
Após marcar seu primeiro gol como profissional, no último clássico, o atacante Luan, 19 anos, comentou sobre a mobilização da torcida. ?Isso aí é paixão. A gente tem que levar isso para a vida. Futebol é além das quatro linhas, envolve muitas coisas e a gente tem que valorizar muito isso. A vinda do torcedor aqui de manhã cedo, em plena terça-feira, alguns vão chegar atrasados ao trabalho, tem que valorizar bastante e colocar o coração na ponta da chuteira?, disse a jovem revelação.
Se nas arquibancadas os jogadores terão apoio incondicional… dentro de campo, o time comandado por Vagner Mancini terá que se superar. Afinal, o próprio técnico e outros cincos jogadores (os zagueiros Kanu e Bruno Bispo, o atacante Denílson e os meias Yago e Rhayner) cumprem suspensão imposta pelo Superior Tribunal de Justiça desportiva (STJD), o Leão precisa reverter um incômodo retrospecto recente diante do arquirrival.
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Já são sete jogos sem saber o que é vencer o Bahia, sendo três deles no estádio rubro-negro. O último triunfo diante do esquadrão foi há quase um ano, no dia 27 de abril de 2017. Na época, o Vitória levou a melhor sobre o rival pelo placar de 2 a 1, no jogo de ida da semifinal da Copa do Nordeste.
Alheio a dados históricos e marcas, Mancini mantém o mistério em relação à equipe que vai mandar a campo nesta tarde. “Vocês só vão ficar sabendo a escalação momentos antes do jogo”, ressaltou o treinador, que ficou na bronca com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJD-BA). Fui alijado da competição de uma forma injusta. Nunca falei isso. Aceitei a punição, estou de fora, mas é uma forma injusta”.
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Caso vença a partida por apenas um gol de diferença, o Leão vai repetir os anos de 2005, 2006, 2010, 2011 e 2017. Nessas ocasiões, a equipe levantou o troféu após uma igualdade no placar agregado dos dois jogos da decisão.
Pelo lado tricolor, após dar um susto na torcida na última quinta-feira (5/4) – hospitalizado com uma taquicardia -, Guto Ferreira mantém os pés no chão. “Fizemos um placar importante, revertemos a vantagem, que não é definitiva. Vamos ter que repetir outro jogo e buscar consolidar essa vantagem para poder levantar o caneco. Vamos chegar 100%, de tanque cheio, para que a gente possa ter equipe equilibrada, intensa”, acredita. Para a final, Guto contará com o retorno do lateral Nino, que ficou de fora do último clássico por suspensão automática.
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*Publicada originalmente às 8h (8/4)