MORTES E FUGAS: Rebelião em Manaus deixa mortos e feridos; 86 fogem da penitenciária
MORTES E FUGAS: Rebelião em Manaus deixa mortos e feridos; 86 fogem da penitenciária
O secretário de Estado de Segurança Pública (SSP) do Amazonas, Sérgio Fontes, informou que na noite do último domingo (1º) que uma rebelião de presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), iniciada à tarde e sem desfecho pelo menos até a madrugada desta segunda-feira (2/1), resultou na morte de seis detentos. Dez agentes penitenciários teriam sido feito reféns. Há a possibilidade do número de mortos aumentar. A polícia ainda aguarda confirmação de novos dados.
Mais cedo, segundo a secretaria, em outra unidade prisional da cidade, o Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), teria ocorrido uma fuga de presos. O órgão informou que 15 detentos haviam sido recapturados ainda no domingo, não precisando, porém, a quantidade restante dos que ainda estariam foragidos.
Em entrevista coletiva, Fontes usou a palavra “massacre” ao se referir às mortes durante a rebelião e, em seguida, disse que as mortes foram constatadas em função de os corpos terem sido jogados para fora do presídio pelos próprios presos. Todos estariam decapitados.
O secretário disse ainda que o número de mortos pode ser ainda maior e que existe a possibilidade de haver armas de fogo em poder dos detentos, uma vez que “trocas de tiros” envolvendo presos e os policiais deslocados para o presídio, que fica no quilômetro 8 da BR-174, haviam sido relatadas.
Fontes afirmou que a SSP optou por negociar com os detentos para a liberação dos reféns. E que naquele, no momento da entrevista, não havia indicação de que a Polícia Militar invadiria o presídio.
Segundo ele, a causa da rebelião seria guerra entre facções rivais. A facção conhecida como Família do Norte teria atacado membros da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
A SSP informou que outras informações sobre a rebelião só seriam divulgadas nesta segunda-feira, quando a tivesse um quadro mais claro da situação.
A secretaria informou que todo o efetivo policial do Estado estava em alerta para atender às demandas geradas pelos registros no no Compaj e Ipat. Houve a indicação também de que o Exército poderia apoiar na busca pelos foragidos em áreas de mata próximas à penitenciária.
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