MORTES EM SIMÕES FILHO: Polícia contesta versão de execução e diz que jovens tinham envolvimento com o tráfico de drogas

A Polícia Militar da Bahia contesta a versão dos familiares dos jovens Jonatas Caique Balbino Silva e Malisson Deivisson Balbino, mortos na madrugada desta terça-feira (24/5), no município de Simões Filho. De acordo com a assessoria da corporação, ambos foram atingidos durante troca de tiros com 15 homens armados. Os dois, de acordo com a PM, faziam parte do grupo e integravam uma quadrilha de traficantes.

Parentes de ambos afirmam que eles foram executados por integrantes das Rondas Especiais (Rondesp), dentro de sua residência. De acordo com eles, os policiais invadiram o local e atiraram contra os irmãos, após uma sessão de tortura. Confira o depoimento:

A reportagem do Aratu Online esteve na casa e encontrou o lugar completamente revirado, além de pedaços do que parece ser tecido de massa encefálica espalhados pela residência.

Em sua versão, a polícia afirma ter localizado uma pistola, um revolver, uma espingarda de fabricação caseira, munições de diversos calibres, três coletes balísticos, um tablete de maconha, cinco pedras de crack, além de quatro relógios, dois celulares, duas correntes e a quantia de 1.117,00 reais com a dupla.

Os corpos foram encaminhados para o Hospital Municipal de Simões Filho, sendo removidos, em seguida, para o Instituto Médico Legal (IML), em Salvador.

Em protesto, a população queimou dois veículos, um micro-ônibus e um ônibus utilizado para transporte escolar. Eles afirmam que esse tipo de ação é recorrente no município. A polícia diz que o protesto foi organizado por traficantes, em represália à morte dos dois supostos criminosos. A segurança foi reforçada no município.