Prefeitura propõe reajuste de 6,41% a servidores municipais; professores recusam o valor

A segunda reunião da Mesa Permanente de Negociação (MPN) para tratar da campanha salarial deste ano aconteceu na tarde desta terça-feira (09), na Secretaria de Gestão (Semge). O presidente da mesa e secretário da Semge, Alexandre Pauperio, apresentou a mesma proposta de reajuste feita aos professores. A próxima reunião acontece nesta quarta-feira (10), às 15h, com os profissionais da área da saúde.

?A proposta aos servidores recompõe o índice inflacionário do período em 6,41% de forma escalonada, sendo a primeira parcela em 3,7%, retroativa a 1º de maio e, em 1º de dezembro deste ano, o complemento em 2,71%. O auxílio-alimentação terá aumento equivalente à porcentagem do reajuste salarial?, disse Pauperio. Os servidores querem 25%, referentes a perdas inflacionários dos últimos cinco anos.

De acordo com a assessoria da prefeitura de Salvador, a proposta da administração levou em consideração o atual cenário econômico que implica cuidados com os gastos. ?Com base nisso, pensamos numa proposta que atenda aos servidores que não receberam os enquadramentos via PCV já cumprido na folha de maio. A lógica de recomposição inflacionária representa o esforço que a administração vai fazer em respeito às lutas do funcionalismo?.

Apesar disso, os professores da rede municipal rejeitaram, em assembleia geral realizada durante a tarde, no Fiesta Bahia Hotel, no bairro do Itaigara, a proposta de reajuste salarial oferecida pela prefeitura de Salvador. Os docentes reivindicam 19,41%. Eles retornam ao trabalho nesta quarta-feira (10), após paralisação de 48 horas, mas um novo protesto está marcado para a próxima terça-feira (16), quando será realizada outra assembleia geral.