UPA Barris segue paralisada e médicos dão abraço simbólico na unidade

No Dia do Abraço, comemorado nesta sexta (22), os médicos da UPA Barris, em greve desde o dia 19 deste mês, darão um abraço no prédio da Unidade, neste sábado,dia 23 de maio.

O gesto, que integra as atividades da paralisação, simboliza a luta em defesa da saúde, os médicos alegam que enfrentam dificuldades nos atendimentos de que necessitam quando chegam às unidades de saúde do município.

No caso da UPA Barris, há médicos que chegam a atender mais de cem pacientes num único plantão de 12 horas, devido ao número reduzido de profissionais e do pessoal de apoio, prejudicando que o paciente seja atendido de imediato e receba a medicação após a consulta médica.

Na próxima segunda-feira (25), à tarde, os médicos vão em comitiva ao Tribunal Regional do Trabalho para conversar com os desembargadores sobre a crise vivida na UPA Barris e o impasse gerado pela Fundação José Silveira. À noite voltam a se reunir em assembleia, às 19h, na sede do Sindimed.

No início de abril, após a paralisação do dia 31 de março, a Fundação José Silveira (FJS), que administra a UPA Barris, negociou com os médicos um acordo contemplando a contratação de mais profissionais para a unidade e um reajuste salarial escalonado. A greve foi suspensa e os médicos ficaram aguardando a assinatura do acordo negociado.

FJS não honrou o compromisso assumido, fez alguns ajustes no quadro de pessoal e passou a negar os termos do acordo negociado com a categoria, recuando na proposta de reajuste salarial e negando outros itens com os quais havia concordado no momento da greve.

Desde então, os médicos tentam retomar as negociações e acusam a Fundação de não negociar e honrar o que afirmou antes, não assina o acordo que foi redigido conjuntamente e não coloca em prática as mudanças necessárias para melhorar o atendimento.