Copa 2023: Alemanha luta pelo Tri-mundial com equipe forte e experiente em torneios internacionais
Campeã Mundial, Europeia e Olímpica, a Frauenteam vive um jejum de títulos e quer voltar ao topo depois de um vice-campeonato continental contra a Inglaterra
Até o dia 20 de julho, Aratu On traz perfis especiais sobre todas as seleções que disputarão a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023, sediada nos países da Austrália e Nova Zelândia. Será uma equipe por dia, seguindo o ranking feminino da FIFA em ordem decrescente, com exceção do Brasil que será o último perfil. Confira aqui as publicações anteriores desse especial.
Bicampeã Mundial, Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos e octacampeã europeia, a Alemanha é a segunda seleção mais temida do futebol feminino mundial. Mesmo sem levantar um título nos últimos sete anos, as germânicas sempre chegam forte a qualquer competição e se tornam um dos times a ser batido em qualquer torneio. Para esta edição da Copa do Mundo, o grupo comandado por Martina Voss-Tecklenburg vem com o que tem de melhor e não quer dar chance a qualquer adversário na caminhada pelo tricampeonato.
Origem e proibições
O futebol como esporte e prática física foi incorporado na Alemanha desde o final do século XIX, e as mulheres não ficaram atrás. Entretanto, os primeiro registros de futebol feminino de forma organizada em campeonatos e clubes acontece nos anos 20, mesmo com instituições médicas e civis se manifestando contra a modalidade. Em 1922, são organizados os primeiros campeonatos escolares e logo depois é fundado um dos primeiros clubes exclusivos para mulheres - o Lotte Specht de Frankfurt - que na falta de rivais do mesmo gênero acabava por enfrentar times masculinos e terem suas atletas hostilizadas.
Com a chegada do regime nazista, as mulheres perderam muito dos seus direitos e se tornaram "servidoras da família e da moral". Entretanto, mesmo o fim da segunda guerra, a criação de duas alemanhas e a conquista da Copa masculina de 1954 pela Alemanha Ocidental, o status não mudou. Em 1955, a Federação Alemã de Futebol (DFB) se manifestou contra a criação de um departamento feminino na entidade. Além disso, proibiu clubes e árbitros de criar qualquer apoio a agremiações e partidas relacionada ao esporte para mulheres.
Mesmo assim, organizações não-profissionais passaram a defender e promulgar o sistema do futebol feminino, fazendo com que em 1956 já existisse uma seleção alemã ocidental que derrotou a Holanda em um amistoso com 18 mil torcedores no estádio.
Com uma tentativa frustrada de criar uma Eurocopa independente em 1957, a opinião pública criou campanhas de descrédito sobre a iniciativa. A Federação Alemã de Futebol Feminino foi fundada em 1958 e, sob a direção de Josef Floritz, organizou cerca de 150 partidas internacionais não oficiais até 1965.
Paralelo a isso, na Alemanha Oriental, o futebol feminino não era proibido para a prática, porém nem era considerado esporte pela Federação de Futebol (DFV). Com isso, a parte leste do atual país unificado não viu uma seleção nacional até 1990, antes da união com o oeste.
Voltando ao lado ocidental, a popularidade do esporte seguia aumentando no país ano após ano. O número crescente de praticantes fez com que em 1970 a DFB revogasse a proibição. Apesar da liberação, a Federação criou regras próprias para o futebol feminino, que acabaram caindo anos depois. Em contrapartida, a entidade passou a formar uma liga nacional e aos poucos foi estruturando um cenário de clubes e competições na modalidade.
Durante os anos seguintes, o país demorou para criar uma seleção oficial feminina, utilizando clubes locais para viajar - e vencer - torneios internacionais. Em 82, a Alemanha feminina é fundada oficialmente e vence a Suíça por 5 a 1.
Crescimento tardio e reestruturação
Em sua primeira experiência na Eurocopa, a Alemanha ficou de fora do torneio de 84 após cair em um grupo com Dinamarca (classificada), Holanda e Bélgica. Em 86, a DFB idealizou a ideia de Bundesliga (liga nacional do futebol masculino), que foi implementada anos depois. Paralelo a isso, a equipe nacional fracassou mais uma vez na sua luta pela Euro de 87. Estes foram os únicos anos que o país não participou da competição continental.
Ainda sem formalizar a realização da Bundesliga feminina, a motivação para a realização do torneio aconteceu em 1989, com o primeiro título europeu da Alemanha. Classificada depois de uma boa primeira fase e vitória sobre a Tchecoslováquia no mata-mata, as germânicas sediaram as finais e venceram a Itália na disputa de penalidades para depois golear a Noruega na grande decisão.
Com isso, a Bundesliga foi fundada em 1990 e passou por mudanças estruturais ao longo de seus primeiros anos, ajudando na profissionalização de atletas e equipes locais. Em 91, na Dinamarca, as alemães chegaram ao bicampeonato europeu depois de passar novamente por Itália e Noruega. O resultado classificou a equipe para sua primeira Copa do Mundo, no qual lideraram sua chave contra Itália, Taiwan e Nigéria, superaram as quartas de final ao vencer a Dinamarcar e caíram nas semifinais contra os EUA. Na decisão do terceiro lugar, foram goleadas pela Suécia e ficaram na quarta posição.
Na Euro de 93, caíram nas semifinais depois de serem eliminadas nos penaltis pela Itália, mas se recuperaram em 95 quando passaram por Inglaterra e venceram a Suécia na decisão. Pela Copa, outra liderança de chave com vitória sobre o Japão, derrota para a Suécia e goleada sobre o Brasil. Novamente passaram pelas quartas ao derrotar a Inglaterra e chegaram a decisão depois de vencer a China. Na sua primeira final mundial, foram derrotadas pela Noruega por 2 a 0.
A Era de Ouro alemã
Depois de um participação tímida nos Jogos Olímpicos de 96, vencendo o Japão, perdendo para a Noruega e empatando com o Brasil, a Alemanha começa uma das maiores sequências de resultados expressivos da sua história.
Primeiro, a equipe vence sua quarta Euro - primeira em novo formato - com empates sobre Itália e Noruega, além de um triunfo sobre a Dinamarca na primeira fase. Nas semifinais derrotam a Suécia e vencem as italianas na decisão. Mesmo caindo nas oitavas da Copa de 1999 frente aos EUA, a Frauenteam emplaca sua primeira medalha olímpica em 2000: vence Austrália, Brasil e Suécia na sua chave, perde para a Noruega nas semifinais e mais uma vez derrota as brasileiras na decisão do bronze.
Em 2001, sedia a Euro e chega a sua quinta taça continental com 100% de aproveitamento com triunfo sobre as suecas no gol de ouro. Dois anos depois, na Copa do Mundo, mais uma campanha impecável com vitórias em todos os jogos e resultados expressivos. Na decisão, novamente vence a Suécia com o gol dourado na prorrogação. Sua primeira conquista mundial e o início de uma hegemonia que até hoje assusta seus adversários.
Nos Jogos de 2004, a Alemanha venceu os seus adversários na fase de grupos, derrotou a Nigéria nas quartas de final e foi derrotada pelos EUA nas semifinais. Mais uma vez disputou o bronze e conquistou sua segunda medalha ao vencer a Suécia por 1 a 0.
Nesta mesma época, o FFC Frankfurt já dominava o torneio de clubes europeus, fazendo com que o país dominasse completamente o futebol continental neste período. Pela Euro 2005, o sexto título chegou com uma nova campanha em 100% de aproveitamento, deixando a Noruega novamente com o vice-campeonato.
Na Copa de 2007, a campanha se iniciou com um resultado de 11 a o sob a Argentina, com um empate sem gols com a Inglaterra e um triunfo importante sobre o Japão por 2 a 0. Nas quartas e semifinais, vitórias sobre Coreia do Norte e Noruega por 3 a 0, chegando a final contra um incrível Brasil. Apesar do adversário vivendo o seu melhor momento, as germânicas chegaram ao bicampeonato com o resultado de 2 a 0.
Mesmo com grande poder ofensivo e total domínio sobre o cenário mundial e continental, a seleção alemã seguia com uma campanha aquém nos Jogos Olímpicos.
Em 2008, a equipe repetiu as atuações das duas últimas edições e depois de se classificar invicta em um grupo com Brasil, Coreia do Norte e Nigéria, eliminaram a Suécia nas quartas de final, mas perderam para o Brasil em uma revanche emocionante nas semifinais. O bronze veio com um novo triunfo sobre as japonesas na decisão do terceiro lugar.
Domínio europeu, decepção em casa e ouro olímpico
A derrota por 4 a 1 para o Brasil nos Jogos de Pequim fizeram com que a equipe fosse muito criticada dentro de casa. Entretanto, isso não abalou o grupo para vencer a Euro de 2009 com outro 100% de aproveitameno e uma impressionate marca de 34 gols em seis jogos.
Com a equipe no auge, a Copa do Mundo de 2011 foi sediada no país e a torcida acreditava no tricampeonato. Porém, depois de uma primeira fase 100% contra França, Nigéria e Canará, as alemães não contavam com uma grande e contundente atuação do Japão nas quartas, eliminando as donas da casa na prorrogação e faturando o título mais a frente.
Sem vaga nos Jogos de 2012, a Frauenteam chegou a Eurocopa de 2013 disposta a chegar ao seu oitavo título. E mesmo com uma derrota na fase de grupos, frente a Noruega, as germânicas passaram por Itália e Suécia no mata-mata e chegaram a decisão para conquistar a taça sobre a mesma Noruega que os derrotou anteriormente.
Na disputa da Copa do Mundo de 2015, a Alemanha lidera a sua chave com uma goleada de 10 a 0 sobre a Costa do Marfim e 4 a 0 com a Tailândia, empatando com a Noruega. Nas oitavas, nova goleada sobre a Suécia os classifica para às quartas, em que derrotam a França na disputa de penalidades. Nas semifinais, perdem para os EUA e vão disputar o terceiro lugar com as inglesas, que os derrotam na disputa.
Apesar do resultado ruim em mais um Mundial, o país voltou a disputa dos Jogos Olímpicos e não fez feio. Na edição do Rio de Janeiro, em 2016, terminou o seu grupo na segunda posição, com derrota para o Canadá, empate com a Austrália e vitória sobre o Zimbabue. Entretanto, derrotaram as chineas nas quartas, se vingaram das canadenses nas semi e derrotaram a Suécia na decisão, faturando pela primeira vez o ouro dos Jogos.
Nova década e novos desafios
Após o ouro olímpico, o futebol alemão passou a enfrentar um tabu indigesto em jogos de seleções e clubes. Além de não conseguir ganhar mais nenhuma Champions League feminina, as atuações de Euro e Copa também não foram das melhores.
No torneio continental de 2017, liderou sua chave com empate sobre a Suécia e triunfos contra italianas e russas. Entretanto, foram derrotadas nas quartas de final contra a Dinamarca e deram adeus a sequência de títulos na competição. Para a Copa, foram 100% de aproveitamento contra China, Espanha e África do Sul na primeira fase. Nas oitavas tiraram a Nigéria, mas foram desclassificadas em derrota histórica para as rivais suecas.
Sem chegar aos Jogos de Tóquio, foram a Euro de 2022 desacreditadas, mas fizeram nova campanha histórica na primeira fase com triunfos sobre Dinamarca, Espanha e Finlândia. Nas quartas passaram pela Áustria e derrotaram a França nas semi, faltando apenas a Inglaterra para faturar seu nono título europeu. Entretanto, não resistiram as donas da casa e amargaram um vice-campeonato continental.
Alemanha na Copa do Mundo 2023
Apesar de não conseguirem o título europeu, a campanha na Euro 2022 deu mais confiança para a torcida alemã em relação a Copa do Mundo de 2023. Com um time de postura ofensiva e bastante forte em seu objetivo principal, a equipe comandada por Martina Voss-Tecklenburg não tem medo das adversárias e vai enfrentar todas de igual para igual.
Dentre as muitas estrelas do time, o grande destaque vai para a capitã Alexandra Popp. Com 32 anos, Popp carrega não só a experiência de outros torneios como mantém um espírito ofensivo que impressiona e assusta as adversárias. Ao seu lado, e não menos importantes, estão a defensora Kathrin Hendrich, a goleira Merle Frohms e as meias Lena Oberdof e Svenja Huth.
A Alemanha joga pelo Grupo H da competiçao, no qual enfrenta as equipes do Marrocos no dia 24/7 em Melbourne, a Colômbia no dia 30 em Sydney e a Coreia do Sul no dia 3/8 em Brisbane.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Bicampeã Mundial, Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos e octacampeã europeia, a Alemanha é a segunda seleção mais temida do futebol feminino mundial. Mesmo sem levantar um título nos últimos sete anos, as germânicas sempre chegam forte a qualquer competição e se tornam um dos times a ser batido em qualquer torneio. Para esta edição da Copa do Mundo, o grupo comandado por Martina Voss-Tecklenburg vem com o que tem de melhor e não quer dar chance a qualquer adversário na caminhada pelo tricampeonato.
Origem e proibições
O futebol como esporte e prática física foi incorporado na Alemanha desde o final do século XIX, e as mulheres não ficaram atrás. Entretanto, os primeiro registros de futebol feminino de forma organizada em campeonatos e clubes acontece nos anos 20, mesmo com instituições médicas e civis se manifestando contra a modalidade. Em 1922, são organizados os primeiros campeonatos escolares e logo depois é fundado um dos primeiros clubes exclusivos para mulheres - o Lotte Specht de Frankfurt - que na falta de rivais do mesmo gênero acabava por enfrentar times masculinos e terem suas atletas hostilizadas.
Com a chegada do regime nazista, as mulheres perderam muito dos seus direitos e se tornaram "servidoras da família e da moral". Entretanto, mesmo o fim da segunda guerra, a criação de duas alemanhas e a conquista da Copa masculina de 1954 pela Alemanha Ocidental, o status não mudou. Em 1955, a Federação Alemã de Futebol (DFB) se manifestou contra a criação de um departamento feminino na entidade. Além disso, proibiu clubes e árbitros de criar qualquer apoio a agremiações e partidas relacionada ao esporte para mulheres.
Mesmo assim, organizações não-profissionais passaram a defender e promulgar o sistema do futebol feminino, fazendo com que em 1956 já existisse uma seleção alemã ocidental que derrotou a Holanda em um amistoso com 18 mil torcedores no estádio.
Com uma tentativa frustrada de criar uma Eurocopa independente em 1957, a opinião pública criou campanhas de descrédito sobre a iniciativa. A Federação Alemã de Futebol Feminino foi fundada em 1958 e, sob a direção de Josef Floritz, organizou cerca de 150 partidas internacionais não oficiais até 1965.
Paralelo a isso, na Alemanha Oriental, o futebol feminino não era proibido para a prática, porém nem era considerado esporte pela Federação de Futebol (DFV). Com isso, a parte leste do atual país unificado não viu uma seleção nacional até 1990, antes da união com o oeste.
Voltando ao lado ocidental, a popularidade do esporte seguia aumentando no país ano após ano. O número crescente de praticantes fez com que em 1970 a DFB revogasse a proibição. Apesar da liberação, a Federação criou regras próprias para o futebol feminino, que acabaram caindo anos depois. Em contrapartida, a entidade passou a formar uma liga nacional e aos poucos foi estruturando um cenário de clubes e competições na modalidade.
Durante os anos seguintes, o país demorou para criar uma seleção oficial feminina, utilizando clubes locais para viajar - e vencer - torneios internacionais. Em 82, a Alemanha feminina é fundada oficialmente e vence a Suíça por 5 a 1.
Crescimento tardio e reestruturação
Em sua primeira experiência na Eurocopa, a Alemanha ficou de fora do torneio de 84 após cair em um grupo com Dinamarca (classificada), Holanda e Bélgica. Em 86, a DFB idealizou a ideia de Bundesliga (liga nacional do futebol masculino), que foi implementada anos depois. Paralelo a isso, a equipe nacional fracassou mais uma vez na sua luta pela Euro de 87. Estes foram os únicos anos que o país não participou da competição continental.
Ainda sem formalizar a realização da Bundesliga feminina, a motivação para a realização do torneio aconteceu em 1989, com o primeiro título europeu da Alemanha. Classificada depois de uma boa primeira fase e vitória sobre a Tchecoslováquia no mata-mata, as germânicas sediaram as finais e venceram a Itália na disputa de penalidades para depois golear a Noruega na grande decisão.
Com isso, a Bundesliga foi fundada em 1990 e passou por mudanças estruturais ao longo de seus primeiros anos, ajudando na profissionalização de atletas e equipes locais. Em 91, na Dinamarca, as alemães chegaram ao bicampeonato europeu depois de passar novamente por Itália e Noruega. O resultado classificou a equipe para sua primeira Copa do Mundo, no qual lideraram sua chave contra Itália, Taiwan e Nigéria, superaram as quartas de final ao vencer a Dinamarcar e caíram nas semifinais contra os EUA. Na decisão do terceiro lugar, foram goleadas pela Suécia e ficaram na quarta posição.
Na Euro de 93, caíram nas semifinais depois de serem eliminadas nos penaltis pela Itália, mas se recuperaram em 95 quando passaram por Inglaterra e venceram a Suécia na decisão. Pela Copa, outra liderança de chave com vitória sobre o Japão, derrota para a Suécia e goleada sobre o Brasil. Novamente passaram pelas quartas ao derrotar a Inglaterra e chegaram a decisão depois de vencer a China. Na sua primeira final mundial, foram derrotadas pela Noruega por 2 a 0.
A Era de Ouro alemã
Depois de um participação tímida nos Jogos Olímpicos de 96, vencendo o Japão, perdendo para a Noruega e empatando com o Brasil, a Alemanha começa uma das maiores sequências de resultados expressivos da sua história.
Primeiro, a equipe vence sua quarta Euro - primeira em novo formato - com empates sobre Itália e Noruega, além de um triunfo sobre a Dinamarca na primeira fase. Nas semifinais derrotam a Suécia e vencem as italianas na decisão. Mesmo caindo nas oitavas da Copa de 1999 frente aos EUA, a Frauenteam emplaca sua primeira medalha olímpica em 2000: vence Austrália, Brasil e Suécia na sua chave, perde para a Noruega nas semifinais e mais uma vez derrota as brasileiras na decisão do bronze.
Em 2001, sedia a Euro e chega a sua quinta taça continental com 100% de aproveitamento com triunfo sobre as suecas no gol de ouro. Dois anos depois, na Copa do Mundo, mais uma campanha impecável com vitórias em todos os jogos e resultados expressivos. Na decisão, novamente vence a Suécia com o gol dourado na prorrogação. Sua primeira conquista mundial e o início de uma hegemonia que até hoje assusta seus adversários.
Nos Jogos de 2004, a Alemanha venceu os seus adversários na fase de grupos, derrotou a Nigéria nas quartas de final e foi derrotada pelos EUA nas semifinais. Mais uma vez disputou o bronze e conquistou sua segunda medalha ao vencer a Suécia por 1 a 0.
Nesta mesma época, o FFC Frankfurt já dominava o torneio de clubes europeus, fazendo com que o país dominasse completamente o futebol continental neste período. Pela Euro 2005, o sexto título chegou com uma nova campanha em 100% de aproveitamento, deixando a Noruega novamente com o vice-campeonato.
Na Copa de 2007, a campanha se iniciou com um resultado de 11 a o sob a Argentina, com um empate sem gols com a Inglaterra e um triunfo importante sobre o Japão por 2 a 0. Nas quartas e semifinais, vitórias sobre Coreia do Norte e Noruega por 3 a 0, chegando a final contra um incrível Brasil. Apesar do adversário vivendo o seu melhor momento, as germânicas chegaram ao bicampeonato com o resultado de 2 a 0.
Mesmo com grande poder ofensivo e total domínio sobre o cenário mundial e continental, a seleção alemã seguia com uma campanha aquém nos Jogos Olímpicos.
Em 2008, a equipe repetiu as atuações das duas últimas edições e depois de se classificar invicta em um grupo com Brasil, Coreia do Norte e Nigéria, eliminaram a Suécia nas quartas de final, mas perderam para o Brasil em uma revanche emocionante nas semifinais. O bronze veio com um novo triunfo sobre as japonesas na decisão do terceiro lugar.
Domínio europeu, decepção em casa e ouro olímpico
A derrota por 4 a 1 para o Brasil nos Jogos de Pequim fizeram com que a equipe fosse muito criticada dentro de casa. Entretanto, isso não abalou o grupo para vencer a Euro de 2009 com outro 100% de aproveitameno e uma impressionate marca de 34 gols em seis jogos.
Com a equipe no auge, a Copa do Mundo de 2011 foi sediada no país e a torcida acreditava no tricampeonato. Porém, depois de uma primeira fase 100% contra França, Nigéria e Canará, as alemães não contavam com uma grande e contundente atuação do Japão nas quartas, eliminando as donas da casa na prorrogação e faturando o título mais a frente.
Sem vaga nos Jogos de 2012, a Frauenteam chegou a Eurocopa de 2013 disposta a chegar ao seu oitavo título. E mesmo com uma derrota na fase de grupos, frente a Noruega, as germânicas passaram por Itália e Suécia no mata-mata e chegaram a decisão para conquistar a taça sobre a mesma Noruega que os derrotou anteriormente.
Na disputa da Copa do Mundo de 2015, a Alemanha lidera a sua chave com uma goleada de 10 a 0 sobre a Costa do Marfim e 4 a 0 com a Tailândia, empatando com a Noruega. Nas oitavas, nova goleada sobre a Suécia os classifica para às quartas, em que derrotam a França na disputa de penalidades. Nas semifinais, perdem para os EUA e vão disputar o terceiro lugar com as inglesas, que os derrotam na disputa.
Apesar do resultado ruim em mais um Mundial, o país voltou a disputa dos Jogos Olímpicos e não fez feio. Na edição do Rio de Janeiro, em 2016, terminou o seu grupo na segunda posição, com derrota para o Canadá, empate com a Austrália e vitória sobre o Zimbabue. Entretanto, derrotaram as chineas nas quartas, se vingaram das canadenses nas semi e derrotaram a Suécia na decisão, faturando pela primeira vez o ouro dos Jogos.
Nova década e novos desafios
Após o ouro olímpico, o futebol alemão passou a enfrentar um tabu indigesto em jogos de seleções e clubes. Além de não conseguir ganhar mais nenhuma Champions League feminina, as atuações de Euro e Copa também não foram das melhores.
No torneio continental de 2017, liderou sua chave com empate sobre a Suécia e triunfos contra italianas e russas. Entretanto, foram derrotadas nas quartas de final contra a Dinamarca e deram adeus a sequência de títulos na competição. Para a Copa, foram 100% de aproveitamento contra China, Espanha e África do Sul na primeira fase. Nas oitavas tiraram a Nigéria, mas foram desclassificadas em derrota histórica para as rivais suecas.
Sem chegar aos Jogos de Tóquio, foram a Euro de 2022 desacreditadas, mas fizeram nova campanha histórica na primeira fase com triunfos sobre Dinamarca, Espanha e Finlândia. Nas quartas passaram pela Áustria e derrotaram a França nas semi, faltando apenas a Inglaterra para faturar seu nono título europeu. Entretanto, não resistiram as donas da casa e amargaram um vice-campeonato continental.
Alemanha na Copa do Mundo 2023
Apesar de não conseguirem o título europeu, a campanha na Euro 2022 deu mais confiança para a torcida alemã em relação a Copa do Mundo de 2023. Com um time de postura ofensiva e bastante forte em seu objetivo principal, a equipe comandada por Martina Voss-Tecklenburg não tem medo das adversárias e vai enfrentar todas de igual para igual.
Dentre as muitas estrelas do time, o grande destaque vai para a capitã Alexandra Popp. Com 32 anos, Popp carrega não só a experiência de outros torneios como mantém um espírito ofensivo que impressiona e assusta as adversárias. Ao seu lado, e não menos importantes, estão a defensora Kathrin Hendrich, a goleira Merle Frohms e as meias Lena Oberdof e Svenja Huth.
A Alemanha joga pelo Grupo H da competiçao, no qual enfrenta as equipes do Marrocos no dia 24/7 em Melbourne, a Colômbia no dia 30 em Sydney e a Coreia do Sul no dia 3/8 em Brisbane.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!