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Injúria racial: goleiro do Doce Mel é chamado de "macaco v*ado" por torcedor do Vitória; áudio foi captado

Por Juana Castro

Injúria racial: goleiro do Doce Mel é chamado de "macaco v*ado" por torcedor do Vitória; áudio foi captadoreprodução/Instagram

Mais um caso de racismo foi registrado no futebol, desta vez no Campeonato Baiano. O goleiro do Doce Mel, Rodolfo, foi chamado de "macaco" e "v*ado" durante partida contra o Vitória, na noite dessa quinta-feira (26/1), no Barradão, em Salvador, em jogo válida pela quarta rodada do estadual. 


"Seu macaco v*ado!", gritou um torcedor do Vitória, aos 32 minutos do primeiro tempo, quando Rodolfo - que tinha caído no gramado - era levantado pelo árbitro Wagner Francisco de Souza. A fala pôde ser ouvida na transmissão do jogo, feita pela TVE Bahia.


A jornalista Gabrielle Gomes, da Rede Bahia, compartilhou o recorte no Twitter. "Quando aconteceu, eu estava de costas. Filmei, mas o áudio não captou direito. A TVE, detentora da transmissão, gravou o áudio".


VEJA ABAIXO





NOTA DE REPÚDIO


Na manhã desta sexta-feira (27), o Esporte Clube Vitória repudiou o ocorrido e informou que está trabalhando para identificar o criminoso. Leia abaixo, na íntegra:


"O Esporte Clube Vitória vem a público repudiar veementemente o caso de racismo e homofobia acontecido ontem contra o goleiro Rodolfo, do Doce Mel. 


Esse ato não representa nosso clube e muito menos a nossa torcida, que é a torcida mais negra do Brasil. 


O clube já está trabalhando para identificar o criminoso e não medirá esforços para isso. Estaremos à disposição das autoridades responsáveis para cooperar na resolução do caso."


JOGO


O Vitória venceu o Doce Mel por 3 a 0 e, com isso, subiu para a oitava colocação. Já o Doce Mel segue na lanterna, com apenas um ponto.


LEGISLAÇÃO - INJÚRIA RACIAL


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou no último dia 11 de janeiro a lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, que é inafiançável e imprescritível. A sanção ocorreu durante a cerimônia de transmissão de cargo das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, no Palácio do Planalto.


Aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado, o texto inscreve a injúria, hoje contida no Código Penal, na Lei do Racismo e cria o crime de injúria racial coletiva.


O crime de injúria racial é caracterizado quando a honra de uma pessoa específica é ofendida por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem.


 


LEIA MAIS: Lula sanciona lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo


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