São João e fogos: entenda os cuidados para crianças com autismo

Os fogos de artifício podem causar impactos negativos significativos em pessoas com autismo

Por Da Redação.

Tradicionalmente marcadas por cores vibrantes, muitas danças e explosões festivas, as festas de São João podem ser um desafio para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os fogos de artifício, por mais que sejam comuns nas celebrações juninas na Bahia, podem causar impactos negativos significativos, sobretudo em função do som das bombas e da luz dos fogos.

A psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine Monteiro, alerta para os cuidados que devem ser adotados com crianças autistas durante esse período. “O cenário vivenciado pelas crianças é diferente do habitual. As mudanças na rotina precisam ser conversadas, explicadas e orientadas. As celebrações contam com muitos barulhos e ainda há os fogos de artifício”, destaca.

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Foto: Ilustrativa/Pexels

Segundo a especialista, algumas pessoas com TEA apresentam hipersensibilidade sensorial — condição em que há dificuldade para processar múltiplos estímulos simultâneos. Dessa forma, sons altos e luzes intensas podem sobrecarregar o sistema nervoso da criança, gerando reações como medo, irritabilidade ou até crises sensoriais.

Para tornar as festas mais inclusivas, há estratégias simples que podem ser adotadas por familiares e educadores. Entre elas, o uso de abafadores de som, guias sensoriais ou audioguias podem ajudar a reduzir o desconforto. Essas medidas visam tornar o ambiente mais acessível, permitindo que crianças com TEA também aproveitem a festividade de forma segura e prazerosa.

“O trabalho terapêutico da equipe multiprofissional auxilia na melhor adequação desses pequenos diante dos desafios do dia a dia, trabalhando com o som, os possíveis acontecimentos e os medos para que o impacto seja menor quando a situação de estresse for vivenciada. Cada criança reage de uma maneira, de acordo com seu nível de suporte (grau do autismo). A conscientização da sociedade é necessária, bem como o respeito pelas crianças também", conclui Márcia.

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Foto: Ilustrativa/Pexels

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