Felca depõe em caso Hytalo Santos e reforça acusações de exploração de menores

O caso envolvendo o influenciador Hytalo Santos e o marido, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro, ganhou um novo desdobramento nesta terça-feira (4). Durante uma audiência de instrução realizada no Fórum Criminal de Bayeux, na Paraíba, o também influenciador Felca prestou depoimento como testemunha de acusação, em uma sessão que durou cerca de cinco horas e pode alterar o rumo do processo.

Felca se tornou uma figura central no caso após publicar o vídeo “Adultização”, no qual denunciava supostas práticas de exploração e sexualização de crianças e adolescentes em conteúdos ligados ao grupo de Hytalo. O vídeo viralizou nas redes sociais e levou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) a abrir uma investigação formal sobre as denúncias. Em setembro, a polícia da Paraíba divulgou fotos de Hytalo na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega.

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Na audiência, que reuniu testemunhas de acusação e de defesa, Felca detalhou informações sobre o funcionamento do grupo digital liderado por Hytalo. Já a defesa do casal, preso desde 15 de agosto, voltou a solicitar a revogação da prisão preventiva, alegando que ambos enfrentam condições precárias no Presídio Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecido como Presídio do Roger.

O juiz responsável pelo caso adiou a decisão e marcou uma nova audiência para 12 de novembro, quando Hytalo e Euro devem ser ouvidos pessoalmente. Essa fase é considerada decisiva para definir se os dois continuarão presos ou poderão responder em liberdade.

A participação de Felca reforçou a linha de acusação de que o casal teria promovido práticas abusivas envolvendo menores, além de reacender o debate sobre responsabilidade digital e ética na produção de conteúdo nas redes sociais.

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Hytalo Santos é réu por pornografia infantil

A 2ª Vara Mista de Bayeux aceitou parcialmente denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e tornou Hytalo Santos e Israel Vicente réus por produção de conteúdo pornográfico com crianças e adolescentes.

O processo foi desmembrado, e outros três crimes relacionados à exploração sexual serão analisados pela Vara Criminal de Bayeux.

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Segundo o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), as investigações apontam um esquema estruturado de exploração sexual de adolescentes, que incluía promessas de fama, vantagens materiais, procedimentos estéticos e tatuagens de caráter sexualizado, além de rígido controle sobre rotinas e meios de comunicação das vítimas.

O Ministério Público também requereu indenização de R$ 10 milhões por danos coletivos.