Qual a expectativa do novo valor do salário mínimo? entenda processo

A expectativa do novo valor do salário mínimo leva em consideração o reajuste referente a inflação; entenda o decorrer do processo

Por Laraelen Oliveira.

A expectativa do salário mínimo para 2026 é que chegue a R$1.631, segundo informações divulgadas pelo Governo Federal. A projeção leva em consideração o reajuste que repõe a inflação. Porém, até o momento, o Congresso Nacional não aprovou o novo salário mínimo para 2026, mas já recebeu a proposta do governo federal. 

A aprovação faz parte do processo de votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que ocorre no segundo semestre de 2025. De acordo com o PLOA, a estimativa se baseia na correção feita pelo INPC do ano anterior somada ao crescimento do PIB de dois anos antes, com limite de até 2,5% de aumento real.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) é um projeto de lei enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional que estima as receitas e fixa as despesas do governo para o ano seguinte/Foto: Reprodução 

A inflação projetada para o ano é de 3,6% e crescimento do PIB de 2,44%. A combinação desses componentes resulta no percentual de reajuste que decidirá o valor estimado do salário mínimo.

O aumento do salário impacta nas remunerações de trabalhadores formais que ganham o piso e nos benefícios vinculados a ele. Aposentadorias e pensões de um salário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são reajustadas para o novo valor, enquanto benefícios acima do piso seguem a variação do Índice de preços ao consumidor (INPC).

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é a autarquia federal responsável por administrar e pagar os benefícios dos segurados da Previdência Social no Brasil/Foto: Fabio Rodrigues

O valor final para 2026 dependerá do INPC efetivo de 2025 e dos dados consolidados do PIB de 2024. Caso a inflação fique acima ou abaixo do estimado, o governo recalcula o piso para cumprir a regra de valorização.

A ideia de ganho real é fazer o piso avançar além da inflação quando a economia cresce, repartindo parte dos resultados do PIB com quem recebe o mínimo e com os beneficiários indexados a ele.

Proposta do salário mínimo 

Em 2025, o salário mínimo foi reajustado e começou a valer no dia 1 de janeiro, no Brasil. Com aumento de R$106 em relação ao valor anterior, a quantia ficou em R$1.518. A atualização seguiu a regra aprovada pelo Congresso Nacional, que estabeleceu limites para o reajuste do salário mínimo dentro das diretrizes do novo arcabouço fiscal. 

O Congresso Nacional tem um papel fundamental na definição do salário mínimo, pois é responsável por aprovar o Orçamento da União, que inclui a previsão do valor para o ano seguinte/Foto: Reprodução 

Porém, em abril do mesmo ano o governo federal deve encaminhar ao Congresso Nacional a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. O documento estabelece as bases para a elaboração do Orçamento da União do próximo ano, que será marcado por eleições gerais.

Entre os destaques da proposta está o reajuste do salário mínimo, que passaria dos atuais R$1.518 para R$1.627 a partir de janeiro de 2026, um aumento de 7,18%. A LDO reúne projeções econômicas relevantes, como metas fiscais, estimativas de inflação, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), dívida pública, despesas federais e o valor estimado para o salário mínimo.

Simone Tebet fala sobre salário mínimo 

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reafirmou que o salário mínimo projetado para 2026 será de R$1.630. A confirmação foi feita durante a apresentação da proposta orçamentária do governo federal. De acordo com Tebet, esse valor representará o maior ganho real registrado nas últimas cinco décadas, refletindo a atualização conforme a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

O novo mínimo representa uma elevação de 7,37% em relação ao piso atual, fixado em R$1.518. Contudo, a quantia final depende do desempenho do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) até novembro, quando será possível calcular o reajuste com base na inflação acumulada.

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