Drex: o que é a nova moeda digital do Banco Central do Brasil

O Banco Central confirmou que o Drex, a versão digital do real, só será lançado em 2026

Por Rosana Bomfim.

O Banco Central do Brasil ( BCB)  está em fase avançada de testes com a Drex, a moeda digital brasileira que promete modernizar o sistema financeiro nacional sem substituir o dinheiro em espécie. A iniciativa faz parte de um movimento global dos bancos centrais para desenvolver moedas digitais oficiais, conhecidas pela sigla CBDC (Central Bank Digital Currency).

Banco Central Do Brasil | Foto: Divulgação Banco Central

Segundo o próprio Banco Central, o Drex será uma representação digital do real, com paridade de 1 para 1. Isso significa que cada Drex terá o mesmo valor de um real físico. A nova moeda será emitida exclusivamente pelo Banco Central e acessada pela população por meio de carteiras digitais fornecidas por instituições financeiras autorizadas, como bancos, fintechs e cooperativas.

“A versão inicial do Drex será uma opção adicional ao uso de cédulas, mas – por ter foco no uso online – seu impacto sobre a demanda por papel-moeda não deve ser relevante”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota oficial publicada em janeiro de 2025.

ADrex ajudará em contratos inteligentes 

Uma das grandes inovações trazidas pela Drex é a possibilidade de utilizar contratos inteligentes, ou smart contracts, que permitem automatizar pagamentos, financiamentos e transferências com base em regras pré-programadas. Isso poderá facilitar a compra de imóveis, veículos e até mesmo operações do setor público, como pagamentos de benefícios sociais.

Segundo o Banco Central, a Drex será operada em uma plataforma baseada em tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology), semelhante à utilizada em blockchains, mas com controle centralizado e regulamentado.

Privacidade, segurança e desinformação

Em resposta a boatos que circularam nas redes sociais, o governo federal esclareceu que o Drex não substituirá o dinheiro em espécie e não será usado para monitorar a população. O projeto obedece às diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e da Lei do Sigilo Bancário, garantindo o sigilo das transações dos usuários.

“É falso que o Drex vá permitir rastreamento em massa das transações ou que o governo saberá tudo o que você compra. O Banco Central está seguindo rigorosamente os princípios legais para garantir a privacidade e a segurança do sistema”, afirmou a Secretaria de Comunicação em comunicado oficial.

Real | Foto: Ilustração Pexels

Lançamento ainda sem data

Embora o projeto já esteja em fase de testes com participação de bancos e empresas de tecnologia, o Banco Central ainda não anunciou uma data oficial para o lançamento da Drex ao público em geral. A expectativa é que o sistema seja implementado de forma gradual, após o sucesso das etapas de teste e avaliação regulatória.

O Banco Central destaca que a Drex será uma ferramenta para inclusão financeira, redução de custos operacionais e inovação no setor de pagamentos. Mas seu uso será opcional: quem preferir continuar usando papel-moeda, cartões ou Pix, poderá fazê-lo normalmente.

O que muda para você

  • você continuará usando o Pix, cartões e dinheiro como quiser.
  • A Drex será mais uma opção, principalmente para transações digitais e futuras inovações financeiras.
  • A moeda será emitida e garantida pelo Banco Central, com valor idêntico ao real.

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