Dia do cuscuz: a comida tão amada, que até merecia um feriado
O cuscuz, que veio do Norte da África, conquistou de vez o coração e o estômago dos baianos
Por Murilo Motta.
Se tem uma coisa que une os baianos, independente da cidade ou do sotaque, é o amor por um bom prato de cuscuz. Quentinho, fofinho, acompanhado de manteiga, ovo, queijo ou até mesmo carne do sol, o cuscuz é aquele alimento que traz aconchego e sabor. E hoje, no dia 19 de março, data oficial do Dia Mundial do Cuscuz, o Brasil inteiro tem motivo para celebrar esse ícone da culinária nordestina.
Mas olha, a história do cuscuz não começa aqui, não. O cuscuz tem suas raízes na região do Magrebe, no Norte da África, onde os mouros o levaram para a Europa. E foi pelos colonizadores portugueses que ele desembarcou no Brasil, tornando-se, com o tempo, um verdadeiro símbolo afetivo, especialmente no Nordeste. Nos tempos coloniais, era um alimento popular entre negros escravizados, que o preparavam e vendiam em tabuleiros.
Hoje, o cuscuz segue firme e forte no cardápio dos brasileiros, estando entre as receitas mais buscadas no YouTube, ao lado de panqueca, crepioca e omelete. No Nordeste, a paixão é tanta que, em Recife, existe até drive-thru de cuscuz para quem não quer abrir mão de um bom prato nem na correria do dia a dia.
E quem duvida da força desse prato ícone? Em 2020, o cuscuz foi reconhecido como patrimônio imaterial da humanidade pela UNESCO, reforçando a importância desse alimento que vai muito além da culinária – ele carrega história, tradição e memórias afetivas de gerações.
Diante de tanto prestígio, fica o questionamento: por que o Dia do Cuscuz ainda não é feriado? Nada mais justo do que tirar um dia para celebrar essa iguaria, reunir a família e, claro, aproveitar um bom cuscuz. Afinal, aqui na Bahia, comida também é cultura!
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