Trio dos 'Filhos de Gandhi' quebra na Praça Castro Alves e atrasa saída do bloco

A tradicional saída do bloco 'Filhos de Gandhi' sofreu um atraso após o trio quebrar, na Praça Castro Alves, no final da tarde deste domingo (23/2). O bloco é uma das 49 entidades apoiadas pelo Carnaval Ouro Negro, da Secretaria de Cultura do Estado.

 O vice-presidente do Afoxé, Hildo Souza, fala sobre o que é ser filho de Gandhy e sobre a importância do patrocínio de políticas públicas para se manter a tradição. "O afoxé filhos de Gandhy é, antes de tudo, uma emoção que nos leva a ter força e trabalhar muito para manter a instituição. Além do bloco, temos muitos trabalhos sociais. Este ano, nós contamos com o apoio do carnaval Ouro Negro para colocar o bloco na rua. A iniciativa é a tábua de salvação dos blocos afro e dos afoxés. Não temos incentivo da iniciativa privada e colocamos quatro mil pessoas nas ruas".

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A tradição é compartilhada por várias gerações. O agente de sistema Marinaldo dos Santos tem 23 anos de bloco. "Meu filho mais velho, Jorge, já tem 10 anos que sai comigo e meu filho Marlon tem cinco anos que vem ao desfile. E quem me trouxe para cá foi meu pai, antes de morrer, e que já era há muitos anos integrantes do bloco".

A saída dos filhos de Gandhy movimenta toda uma economia. O contregum, a alfazema e os colares são vendidos nas ruas. Os famosos turbantes são feitos na hora. A turbanteira Mila da Silva é um exemplo da importância econômica do bloco. "Tenho 23 anos de turbanteira e fico na expectativa da chegada do Carnaval, para que eu ganhei uma grana extra, reforce o orçamento e possa comprar alguma coisa ou fazer uma viagem".

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