BEBEM DA NOSSA FONTE: Brown define o fenômeno ?axénejo? e critica desvalorização da música baiana
BEBEM DA NOSSA FONTE: Brown define o fenômeno ?axénejo? e critica desvalorização da música baiana
Durante o lançamento do verão da banda Timbalada e apresentação da nova vocalista, Millane Hora, Carlinhos Brown bateu um papo sobre o cenário musical baiano. Carlito Marrom não poupou críticas a supervalorização da cultura norte-americana em detrimento dos produtos nacionais. Para o cacique Brown na verdade há uma espécie de exploração de obra prima, que depois é ?revendida? para os brasileiros.
O músico conta que a Bahia é totalmente experimental e revela muitos sons que são rapidamente consumidos por artistas internacionais e até mesmo de outras regiões do país. Com a perda de espaço do axé para o sertanejo e o funk, eis que Carlinhos revela o segredo do sucesso do sertanejo moderno. ?o sertanejo está com timbau, bacurinha e surdo, eu chamo de axénejo?, disse.
Um ponto importante é a inserção da música eletrônica no carnaval baiano, as influências de David Guetta, Bob Sincler e Tiesto são muito baianas. ?A Timbalada tem influência internacional?, aponta Brown.
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A Bahia continua sendo um grande celeiro musical, mas acaba exportando matéria prima e consumindo o produto final como se não houvesse nenhuma influência da terra do carnaval. O sertanejo, além das batidas e instrumentos, como citado por Brown, ainda recebe reforço dos nossos compositores, a exemplo de Tierry que já escreveu grandes sucessos para o segmento sertanejo universitário. No carnaval o aumento da participação do sertanejo é reflexo da desvalorização do que é nosso.
Investindo no potencial que Salvador ? eleita cidade da música pela Unesco ? tem, o mago das percussões revela que lançará em breve um grupo musical ?Made in Candial?. Pelo visto, esse carnaval promete.
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?Músicos são os porteiros convidativos do turismo? e por isso a promoção do turismo de entretenimento é importante para a economia local, daí Brown chama a responsabilidade para si, no dever de criar possibilidades artísticas que contribuam para o mercado informal, ou seja, os vendedores ambulantes.
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Agora é só esperar o verão.