Axé não é mais o ritmo preferido dos soteropolitanos, perdendo para MPB e Gospel. Diz pesquisa
Axé não é mais o ritmo preferido dos soteropolitanos, perdendo para MPB e Gospel. Diz pesquisa
Um levantamento sobre o hábito cultural dos soteropolitanos, conduzido pelo Datafolha e coordenado pela consultoria JLeiva Cultura & Esporte, aponta que os moradores de Salvador preferem ouvir MPB e Gospel em detrimento ao Axé, que já foi o principal ritmo musical baiano. A perda da força do estilo, que revelou grandes artistas, já é notada no carnaval com novos sons invadindo a festa e com o crescimento de novos segmentos musicais.
Os resultados mostram, por exemplo, que MPB é o estilo musical predileto na cidade: 36% o mencionam, seguido pelo gospel (23%), pagode (20%), samba (17%), axé (15%), romântica (15%), forró (13%), sertanejo (13%) e rock (12%). A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais e para menos.
A pesquisa ouviu 601 moradores da capital baiana e realizou mais de 80 perguntas, abrangendo temas como, frequência ao cinema, ao teatro, a museus, shows, bibliotecas e concertos, consumo de tecnologia e uso do tempo livre. A amostra foi feita com base nos critérios de representatividade do IBGE. O levantamento inédito será apresentado e discutido no Seminário Hábitos Culturais em Salvador, no dia 19 de novembro, a partir das 13h, no teatro do Sesc/Senac.
O encontro, organizado com apoio do Instituto CCR e patrocínio da CCR Metrô Bahia, vai apresentar também números de frequência dos soteropolitanos a 18 práticas culturais. As mais citadas são cinema (59%), festas populares (54%), sair para dançar (55%), shows (51%), bibliotecas (35%) e teatro (28%). A pesquisa apurou ainda as razões alegadas para não ir ao teatro, ao museu e ao cinema.
Os dados da pesquisa indicam que a escolaridade e a renda têm forte impacto no interesse e na prática de todas as atividades culturais, sejam gratuitas ou com ingressos mais caros. Melhoram renda e escolaridade (conjuntamente ou isoladamente), melhoram os indicadores. As práticas culturais também perdem força conforme a população envelhece.