Bacalhau do Batata é um dos blocos que estica o carnaval pernambucano nesta quarta-feira
Bacalhau do Batata é um dos blocos que estica o carnaval pernambucano nesta quarta-feira
Dar os últimos pulos, curar a ressaca, recarregar as baterias, voltar para casa: é assim que muitos utilizam a Quarta-feira de Cinzas. Troças carnavalescas não faltam em Pernambuco para os que não querem que o Carnaval termine. Em Olinda, três blocos percorrem as ladeiras do Sítio Histórico na ?Quarta-feira Ingrata? como diz a música É de fazer chorar (Luis Bandeira).
O tradicional Bacalhau do Batata completa 53 anos e sai às 10h no Alto da Sé. O bloco foi criado por um garçom insatisfeito com o fim da folia. O Batata, como é conhecido em Olinda, trabalhava enquanto muita gente brincava. O bacalhau pendurado em uma vara compõe o estandarte oficial.
Outra agremiação bastante conhecida, porém mais ?jovem?, é o Munguzá de Zuza Miranda e Thaís. Como de costume, logo às 5h da manhã no pátio da Igreja da Sé, Zuza e Thaís serve o munguzá para os foliões que ainda vão cair no frevo. E não para por aí na Cidade Alta. Tem ainda o Bloco do Case, que está em seu 11° ano e desfila nas ladeiras com saída na Praça do Carmo.
No Recife, o Bacalhau do Mercado da Boa Vista, no Centro, comemora 11 anos. Outra agremiação do dia é o Blocalhau, o único bloco de Carnaval que tem concentração climatizada, segundo os diretores da troça. A partir do meio dia no Buffet Di Branco, na rua do Apolo, a troça se concentra para ganhar as ruas do Recife Antigo.
Em Água Fria, Na Zona Norte, a festa fica por conta dos Irresponsáveis, que este ano homenageiam o ex-Governador de Pernambuco Eduardo Campos, que faleceu em um trágico acidente aéreo em agosto de 2014, e era entusiasmado pelo Carnaval do Estado.
Em Paulista, no Grande Recife, a festa da resistência fica a cargo do Bacalhau na Vara. Com 46 anos, a troça arrasta mais de 100 mil foliões pelas ruas dos bairros de Paratibe e Arthur Lundgren 1. Este ano Banda Mel e Rapazzola serão as principais atrações.