O mês da mulher é tempo de celebrar e avançar em favor da igualdade

Foto: ilustrativa/Pexels

No mês da mulher, celebramos conquistas históricas alcançadas com muito esforço. Além disso, ampliamos o debate sobre cenários que ainda nos atingem violentamente. E, sem sombra de dúvidas, a violência física é um dos atos que mais nos afeta cotidianamente.

O feminicídio, por exemplo, é o ato mais cruel dentre outros tantos praticados contra nós pelo simples fato de sermos mulheres. Vivo em um estado que, infelizmente, figura entre os mais violentos do Brasil para as mulheres. 

No ano passado, a Bahia teve um aumento de 12,5% dos casos  de violência contra as mulheres em relação ao ano de 2020. Segundo  o Ministério Público da Bahia, foram cerca de 27 novos casos diários de violência que levaram mulheres à morte ou a sequelas físicas e psicológicas. 

Essa é mais uma triste marca que demonstra o quanto a nossa sociedade ainda está mergulhada em relações machistas e possuímos uma gestão estadual negligente na criação de políticas públicas de proteção às mulheres do nosso estado.

Só conseguiremos avançar no combate de tantas violências através da nossa luta e de uma sociedade mais consciente. E para isso, se faz urgente a colaboração dos gestores públicos, sobretudo do âmbito estadual, que parecem ter assistido de braços cruzados à Bahia acumular, por exemplo, o maior número de feminicídios do Brasil no ano de 2020, segundo a Rede de Observatório de Segurança.

Sabemos o quanto a caminhada por nossas vidas é árdua, necessária e tem sido construída por muitas mulheres inspiradoras ao longo dos tempos. E diante desse cenário de descaso referido, precisamos aproveitar todo e qualquer momento para reforçarmos a nossa luta pelo direito à vida e por igualdade. Fico imensamente esperançosa quando vejo essa busca por uma sociedade igualitária entre homens e mulheres se tornando mais difundida entre todos. 

Por isso, faço questão de reafirmar sempre: o mês de março é uma período para ampliarmos ainda mais o alcance da nossa luta e analisar o quanto ainda precisamos avançar em todos os outros meses do ano. Afinal de contas, março é um único mês no calendário todo. Temos outros onze meses para colocarmos em ação tudo que é urgente para alcançarmos uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária para as mulheres. 

*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.