Precisamos colocar um fim na Pandemia. Vacine-se!
Foto: Carol Garcia/GovBa
Entre atrasos de doses, fake news e outras turbulências, a vacinação contra a Covid-19 tem avançado no Brasil. Acredito que a maior parcela da população brasileira considera a vacinação a forma mais eficaz e segura de se adquirir proteção contra o coronavírus. A prova disso é que mais de 74% da população já tomou a primeira dose do imunizante e cerca de 64% já concluíram o ciclo vacinal até o dia de hoje.
Não tenho dúvidas de que temos evoluído significativamente mesmo com todos os contratempos. Esse é um ponto positivo. Entretanto, devemos considerar que poderíamos estar em um cenário muito melhor nos dias de hoje. Se no início desse ano sofremos com o atraso na chegada de vacinas, hoje, infelizmente, observamos um número alto de pessoas que já poderiam ter tomado a primeira dose ou ter encerrado o ciclo vacinal com a segunda dose ou a dose de reforço.
Vejam que, em Salvador, são mais de 280 mil pessoas que já poderiam ter tomado as duas doses. Enquanto, na Bahia, temos mais de 2 milhões de pessoas sem concluírem o ciclo vacinal. E, quando observamos os números em todo o Brasil, temos mais de 20 milhões de brasileiros (as) com a segunda dose em atraso.
O resultado dessa negligência é o prolongamento da pandemia e a continuidade de casos de infecção que levam à morte. Um levantamento realizado por uma plataforma de dados da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), revela que oito em cada dez pessoas que morreram de Covid-19 no Brasil não receberam nenhuma dose da vacina.
Ou seja, até o momento, está mais do que comprovado que a vacina é a melhor ferramenta para combatermos essa pandemia. A ciência, os estudos e os levantamentos têm nos mostrado o melhor percurso para superarmos essa crise sanitária. Não tem porque deixarmos de escolher o caminho da evidência científica para nos prendermos ao negacionismo, achismos e fake news. Está mais do que na hora de darmos um passo importante que poderá garantir, muito em breve, a retomada completa das atividades econômicas e de lazer.
Historicamente, o ato de se vacinar sempre foi a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações. A vacinação elimina ou reduz drasticamente o risco de adoecimento ou de manifestações graves de diversas doenças que podem levar à internação e até mesmo ao óbito. Por ano, entre as mais variadas enfermidades, a vacinação evita de dois a três milhões de mortes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
É de fundamental importância termos a consciência coletiva de que só sairemos desse caos pandêmico com a colaboração de todos. Se vacinar é um gesto de autocuidado e zelo com todos que estão ao nosso redor. Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças.
As vacinas que temos hoje contra a Covid-19 são seguras e completamente eficientes. Mais de 8,24 bilhões de doses já foram aplicadas em todo o mundo. Percebo que muitos estão ávidos por momentos de lazer sem restrições. Então, para recuperarmos o pleno convívio social do qual tanto sentimos falta, tenhamos a responsabilidade coletiva de se vacinar, concluir o ciclo vacinal e incentivar aqueles (as) que ainda estão em dúvida. Esse será um dos maiores atos de liberdade, companheirismo e solidariedade que podemos demonstrar uns aos outros nos últimos anos. Vacine-se!
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.