Advogada de mulher incendiada fala sobre caso: 'Indivíduo perigoso'

A filha de Ana Paula Almeida, de 42 anos, que teve o corpo incendiado pelo companheiro no bairro do Barbalho, em Salvador, disse, em entrevista à repórter Lorena Dias, da TV Aratu, que o principal suspeito do crime, Paulo Roberto da Silva Costa, costumava ser agressivo com a mãe dentro de casa. O crime aconteceu na madrugada de domingo (9). Paulo, que estava em um relacionamento de cinco anos com a vítima, está foragido.

A advogada da família de Ana Paula, Bianca Santos, disse que, além desse crime, Paulo Roberto da Silva Costa tem uma "ficha criminal extensa". "É um indivíduo extremamente perigoso. Ao conhecer Ana Paula, ela conseguiu convencê-lo a sair do mundo do crime. Era envolvido com tráfico de entorpecentes, entre outras coisas. Um indivíduo violento, sem educação, onde chegava, causava confusão", afirmou.

Michaele, filha de Bianca, detalhou que a mãe, internada no Hospital Geral do Estado (HGE), está em estado grave. "Ela está com queimaduras de segundo grau pelo corpo, no rosto também. Já presenciei brigas, discussões, ele ficar difamando ela, xingar, querer ir para cima... a gente sempre avisa, mas, nunca é o suficiente. Ela ficava com medo de falar e acontecer o que acabou acontecendo", relatou.

Michaele, filha de Bianca, detalhou que a mãe, internada no Hospital Geral do Estado (HGE), está em estado grave. | Foto: Arquivo Pessoal

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O motivo da briga que levou ao crime de tentativa de feminicídio, de acordo com Michaela, foi uma traição por parte de Paulo Roberto. Segundo a filha da vítima, tudo começou quando Ana Paula descobriu que o companheiro estava com outra mulher, e o questionou. Paulo a tranquilizou e, horas depois, quando a mulher já estava indo dormir, ele jogou álcool no corpo dela e ateou fogo.

"Ela estava de cabeça baixa, já para deitar, para dormir mesmo. E foi nessa hora que ele jogou álcool. Ela caiu no chão, mas conseguiu se levantar rápido, correr para o banheiro e jogar água. Depois, saiu correndo para poder pedir ajuda. Chegando no Pelourinho, ela não conseguiu mais andar por causa das dores, e os policiais viram ela", contou.

Ana Paula foi socorrida por equipes do Serviço Móvel de Urgência (Samu), que a encaminharam ao HGE. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

Ana Paula foi socorrida por equipes do Serviço Móvel de Urgência (Samu), que a encaminharam ao HGE. | Foto: Sesab/Divulgação

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A advogada da família de Ana Paula, Bianca Santos, disse que, além desse crime, Paulo Roberto da Silva Costa tem uma "ficha criminal extensa". "É um indivíduo extremamente perigoso. Ao conhecer Ana Paula, ela conseguiu convencê-lo a sair do mundo do crime. Era envolvido com tráfico de entorpecentes, entre outras coisas. Um indivíduo violento, sem educação, onde chegava, causava confusão", afirmou.

Além de violências verbais e físicas, Ana Paula também era vítima de violência patrimonial, como ressalta a advogada, já que era ela quem assumia os custos da casa em que morava com o agressor.

Confira a entrevista na íntegra: