Suspeito de agredir mulher que se jogou do 5º andar de prédio em Salvador recebe liberdade provisória
Segundo a decisão judicial, o réu deverá responder ao processo em liberdade, sujeito a medidas cautelares
A Justiça de Salvador concedeu liberdade provisória a Igor Costa Campos, de 39 anos, suspeito de tentativa de feminicídio contra a companheira em um prédio na Avenida Paralela, em junho deste ano. Igor teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na época do crime. A vítima, Hilda Francine Almeida dos Santos, de 27 anos, estava grávida, e afirmou que sofreu "horas de espancamento". Com a queda, ela perdeu o bebê.
Segundo a decisão judicial, o réu deverá responder ao processo em liberdade, sujeito a medidas cautelares. Entre as obrigações impostas estão o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades, a proibição de manter contato com as testemunhas e, especialmente, com a vítima, além da determinação de se ausentar de Salvador.
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Ainda de acordo com o documento, "as medidas protetivas de urgência já decretadas e a imposição das medidas cautelares se revelam suficientes para salvaguardar a integridade da vítima e eventualmente a ordem social". A decisão também destacou que, apesar da acusação de tentativa de feminicídio, o suspeito não possui outros registros criminais.
Até o momento, a defesa de Igor Costa Campos não se pronunciou sobre o assunto.
ENTENDA O CASO
Uma mulher de 27 anos, identificada como Hilda Francine Almeida dos Santos, caiu do quinto andar de prédio, neste último domingo (9/6), em um condomínio na Avenida Paralela, em Salvador. De acordo com a própria vítima, ela se jogou do apartamento para fugir das agressões do companheiro.
O suspeito de agredir a vítima é um homem de 39 anos, que foi preso em flagrante por policiais militares. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da Casa da Mulher Brasileira, que vai conduzir a investigação.
Em entrevista ao apresentador Marcelo Castro, do programa "Alô Juca", da TV Aratu, a vítima disse que Igor fez uso de cocaína no dia do ocorrido. “Ele disse que não ia parar ‘tão cedo’ de me bater, que eu merecia, porque eu era uma vagabunda”, conta, afirmando que o homem lhe deu socos, pontapés, cotoveladas, cabeçadas e mordidas. “Me jogava no chão o tempo todo… Ficava só assim com a mão [gesticulou]”, acrescenta. “Pensei ‘ou eu vou me matar, ou ele vai me matar'”, completou Hilda.
Depois do acidente, ela foi socorrida por uma médica, moradora do mesmo condomínio, e em seguida recebeu atendimento de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a levou para o Hospital Geral do Estado (HGE). Ela informou, ainda, que um policial, que também estava no local, subiu e conteve Igor.
O apartamento fica no 5º andar do edifício, mas equivale a uma altura de 8º andar, pois há três pavimentos abaixo das residências. Ela teve ferimentos na cabeça, lesionou a bacia e também está com hematomas pelo corpo.
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