Mulher morta por PM em supermercado é enterrada neste sábado e tio lamenta: "quem ama, não bate"
“É esperar que a justiça resolva, que ele pague pelo que ele fez. Ninguém aqui está querendo vingança”, desabafou o tio
Neste sábado (24/12), acontece o enterro de Greice Quele Rocha Soares, de 25 anos, assassinada na última quinta-feira (22) pelo companheiro, o policial militar Walter Santos Cunha. A cerimônia foi realizada no cemitério Quinta dos Lázaros, sob muita comoção de familiares e amigos.
Em entrevista a repórter Lorena Dias, da TV Aratu, o tio de Grace, Ciro Rocha, falou um pouco sobre a sobrinha e trouxe revelações sobre a conturbada relação da sobrinha com o autor do crime.
“[Grace] era alegre, brincalhona, não demonstrava tristeza, era querida por todo mundo”, comentou ele. Sobre o relacionamento com Walter, ele afirmou que a família não sabia muitos detalhes e que pela pouca convivência com o PM, ele não aparentava ser violento. “Aparentava ser uma pessoa normal”.
O autor do crime já tinha uma ocorrência de violência contra a mulher registrada em 2006, conforme apuração do Aratu On. Ciro conta que Grace já havia sido esfaqueada pelo companheiro duas vezes, uma vez na perna e outra no braço.
O primeiro caso foi de uma facada em uma das pernas, que o tio afirma ter acontecido há pelo menos dois meses. A última, uma facada no braço, aconteceu há cerca de 15 dias, e a família só soube por uma amiga de Grace.
Nas poucas vezes em que falou sobre a relação, a jovem recebeu conselhos do tio. “Larga esse homem. Não está dando certo, larga! Porque quem ama, não bate, não tira sangue”, contou.
A família está desolada com a tragédia e Ciro contou que a mãe de Grace está abatida e não come desde o dia do crime. Para eles, apenas a justiça pode amenizar a dor da tragédia.
“É esperar que a justiça resolva, que ele pague pelo que ele fez. Ninguém aqui está querendo vingança”, desabafou.
RELEMBRE O CASO
O caso aconteceu na última quinta-feira (22/12). Segundo testemunhas, Walter, que não aceitava o término do relacionamento, invadiu o salão em que ela trabalhava e deflagrou oito tiros contra a jovem. Ela chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu.
Walter foi preso em flagrante por vigilantes que abasteciam um caixa eletrônico no momento do crime.
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