Ator baiano, Sulivã Bispo reclama de racismo em aeroporto; "nunca tinha sido desrespeitado de forma tão agressiva"
"Ele coçou o meu couro cabeludo como se fosse encontrar algo ilícito na minha cabeça", relembra
O ator e humorista Sulivã Bispo usou suas redes sociais nesta quinta-feira (9/9) para denunciar um episódio de racismo ocorrido no Aeroporto de Recife, em Pernambuco. Antes de começar a viagem, o baiano passou pelo procedimento de ser examinado com uma máquina de Raio-X, mas a atitude do operador foi diferente da habitual.
"O agente não se contentou em pedir para que eu tirasse o sapato e em me revistar três vezes. Solicitou que eu soltasse os cabelos passando o detector de metais e coçou o meu couro cabeludo como se fosse encontrar algo ilícito na minha cabeça", relatou o intérprete de "Mainha", do canal "Frases de Mainha".
Sulivã contou que tentou questionar o segurança sobre a abordagem adotada, mas o profissional respondeu apenas que era um protocolo de segurança. "Gritei bem alto que eles eram racistas e que a abordagem foi preconceituosa, fiz um escândalo no aeroporto e constrangi quem queria me humilhar", narrou.
"Pra quem é negro, o Raio-C do aeroporto sempre trará uma abordagem constragendora. Mas nunca tinha sido desrespeitado de forma tão agressiva como no aeroporto de Recife", ressaltou.
A postagem na rede social já soma diversas curtidas e quase 800 comentários. Entre os seguidores que resolveram compartilhar seu relato, a jornalista Rita Batista também contou um episódio de racismo que sofreu. "Pedagogia do constragimento sempre funcina. Uma vez, em Guarulhos, a mulher invocou com o torço [espécie de turbante usado por baianas] e a outra, que era preta, falou 'se ela fosse mulçumana, você ia mandar tirar o véu? passe, moça'. Eu ri".
O colunista Aratu On Onã Rudá também relatou uma situação semelhante. "Amigo, passei por algo assim no aeroporto de Guarulhos, pensei que iam me fazer ficar nu ali, comecei a reagir imediatamente chamando de racista, dizendo que era engraçado como esses protocolos e 'abordagens aleatórias' só moravam em pretos, enfim. É bizzaro!", protestou.
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