Jornalista “Tia Má” volta a ser chamada de “macaca” nas redes sociais
Jornalista “Tia Má” volta a ser chamada de “macaca” nas redes sociais
A jornalista Maíra Azevedo, conhecida como ?Tia Má?, foi novamente alvo de ataques racistas pela internet, desta vez por um jovem que apoia o candidato à Presidência Jair Bolsonaro. Em seu perfil no Facebook, nesta terça-feira (18/9), ela compartilhou prints do internauta que foi até sua página e a chamou de ?macaca?.
Revoltada, ela fez um desabafo: ?o racismo não nos dá descanso! Ser mulher preta altiva é saber que os racistas insistem em nos aniquilar. Um jovem, com uma postura tão reacionária. Não foi a primeira vez, não será a última?porque o racismo e racistas perseguem pessoas pretas por todas as partes e ainda dizem que nosso discurso é #vitimismo e #mimimi! O racismo quando não mata, enlouquece!?, escreveu a baiana na publicação.
CONFIRA:
Essa não é a primeira vez que Maíra é alvo de ataques racistas em suas páginas nas redes sociais. Em março, ela sofreu agressão durante uma transmissão, ao vivo, no Instagram. Na oportunidade, ela foi chamada de ?monkey? (macaca em inglês). A palavra foi seguida do emoticon do animal. No dia seguinte, Maíra foi ameaçada de morte. Ela denunciou o caso ao Ministério Público da Bahia e prestou queixa na 1ª Delegacia Territorial (Barris).
Não satisfeito, o autor voltou a atacar. Ele postou nas redes sociais da jornalista a seguinte frase: ?Sou hacker, vou acabar com a sua vida. Não passa de hoje?. Assustada, Maíra não permitiu que o filho fosse à escola naquele dia. ?A gente não sabe quem é o agressor. Pode ser uma pessoa distante, mas também pode ser alguém próximo?, disse, à época.
O criminoso estava usando o celular para fazer as publicações, e a polícia chegou até ele depois de solicitar a quebra do sigilo telefônico através da operadora. Os investigadores descobriram que o homem usava um nome falso nas redes sociais. Após trabalho de apuração policial, chegaram à identidade verdadeira do suspeito e onde ele morava.
Identificado como José Raimundo Pitta Júnior, 23 anos, ele admitiu ter ameaçado de morte e ter cometido crime de injúria racial contra a jornalista Ele explicou ainda que tomou estas atitudes ainda sob efeito da morte da mulher, ocorrida meses antes.
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