Galinho 2025: Calcinha Preta volta a Salvador e prepara 'surpresa histórica'
Calcinha Preta é anfitriã do Galinho 2025, que acontece no dia 17 de maio
"A Banda de Forró Mais Gostosa do Brasil" foi o título do primeiro álbum da Calcinha Preta, anfitriã do Galinho 2025, lançado em 1996, e que já deixava claro que se tornaria referência do forró no Brasil. Quase 30 anos depois, uma coisa é certa: “É de Calcinha que a gente gosta.”
Desde 1995, a banda conquista os corações dos românticos com sua trajetória. O Aratu On reuniu um pouco dessa história, que começou sob os holofotes de Aracaju, capital sergipana, e agora a banda retorna a Salvador no próximo dia 17 para se apresentar.
Santa Rosa à "Banda de Forró Mais Gostosa do Brasil"
Você sabia que a banda já foi chamada de Santa Rosa? O grupo, antes conhecido por esse nome, representava uma nova promessa no forró, mas com uma proposta ousada: misturar o tradicional forró nordestino com eletrônica e pop.
A banda Santa Rosa era liderada por Ulisses Andrade, primo de Gilton Andrade, atual empresário da Calcinha Preta, e foi ele quem ajudou a fundar o grupo em dezembro de 1995. A curiosidade do nome "Calcinha Preta" surgiu de uma revelação de Gilton: ele tinha o hábito de colecionar calcinhas, inspirado no cantor Wando, mas com uma preferência peculiar pela cor preta.
A trajetória da Calcinha Preta começou em dezembro de 1995, em Aracaju (SE), fruto da iniciativa de Gilton Andrade, que transformou o forró tradicional em um espetáculo ousado.
Calcinha Preta e Salvador
Falar sobre Calcinha Preta é também falar sobre Salvador. Foi na capital baiana, em 2003, no Parque de Exposições, que a banda gravou o primeiro DVD da carreira, reunindo um público histórico de 125 mil pessoas. Em 2023, a cidade voltou a ser palco da gravação do projeto "Atemporal", que acontece novamente neste ano, no Galinho 2025.
Formação
A trajetória da Calcinha Preta é marcada por mudanças e retornos. Fundada nos anos 90 por Sidney Chicu e Luciana Linhares, ganhou projeção com o Disco de Ouro em 1998. A entrada de Daniel Diau em 2000 trouxe hits como “Desilusão”. Com idas e vindas de integrantes como Malba, Paulinha Abelha e Berg Lima, a banda passou por pausas e renovações, incluindo carreiras no gospel.
Em 2022, a morte de Paulinha abalou o grupo. No ano seguinte, a chegada de O’hara Ravick gerou polêmica, mas a banda seguiu em frente, fiel à sua capacidade de reinvenção.
Discografia e turnês internacionais
Com 33 álbuns lançados e mais dois a caminho, frutos da nova fase iniciada com Atemporal, a banda sergipana acumula sucessos e números impressionantes. Em 2007, o DVD Ao Vivo em Recife, apresentado por Hebe Camargo e com participações de Fábio Júnior e Tatau, vendeu mais de 800 mil DVDs e 625 mil CDs, garantindo um Disco de Diamante Duplo.
A cenografia grandiosa, inspirada na banda U2, evidenciava a vocação da banda em se inspirar em referências internacionais. Fora do Brasil, a Calcinha Preta também brilhou. A banda realizou turnês nos Estados Unidos, Canadá, países da Europa e da África, levando o forró eletrônico para palcos internacionais, com um detalhe importante: sempre com casa cheia.
Ousadia que virou marca registrada
Enquanto outras bandas de forró eletrônico dos anos 90, como Mastruz com Leite, Magníficos e Limão com Mel, mantinham o saxofone como símbolo sonoro, a Calcinha Preta inovou ao destacar guitarras elétricas, aliando o forró ao pop e ao eletrônico. As vozes masculinas agudas, letras de duplo sentido e versões inusitadas de hits internacionais também contribuíram para a identidade marcante do grupo.
O Aratu On fez uma lista com 10 vezes que a Calcinha Preta "melhorou" músicas internacionais. De Lady Gaga a Scorpions, a Calcinha Preta adapta hits internacionais ao forró e embala fãs há três décadas.
Confira a matéria: + GALINHO: 10 vezes que Calcinha Preta “melhorou” músicas internacionais
Além dos palcos
O sucesso da Calcinha Preta extrapolou os palcos. Em 2010, a banda foi a primeira do forró a se apresentar no especial de fim de ano da TV Globo ao lado de Roberto Carlos e também venceu o Troféu Imprensa.
A música “Dona do Barraco” foi trilha sonora de novela da Globo, mas foi com “Você Não Vale Nada, Mas Eu Gosto de Você”, tema da personagem Norminha (Dira Paes) em Caminho das Índias, que o grupo conquistou o Brasil de vez.
A canção foi eleita “Música do Ano” no Melhores do Ano da TV Globo, desbancando “Borboletas”, de Victor & Léo, e “Shimbalaiê”, de Maria Gadú.
Números
A trajetória da Calcinha Preta é traduzida em números expressivos: cerca de 10 milhões de discos vendidos ao longo da carreira, 1 bilhão de visualizações e quase de 3 milhões de inscritos no canal oficial da banda no YouTube.
Calcinha Preta e Galinho
Com quase 30 anos de estrada e fôlego renovado, a banda se prepara para ser anfitriã do Galinho 2025. A volta à capital baiana no próximo dia 17 de maio no Wet'n Wild, em Salvador. Também sobem ao palco nomes como Limão com Mel, Raí Saia Rodada e Eline Martins. Os ingressos já estão à venda e variam entre R$ 75 e R$ 420.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).