OpenAI lança controle monitorado pelos pais no ChatGPT; veja medidas
Pais e responsáveis poderão vincular suas contas às dos filhos no ChatGPT, definindo limites de uso e monitorando interações para garantir segurança e privacidade
Por Rosana Bomfim.
A OpenAI anunciou a implementação de novos recursos de controle parental no ChatGPT, que visam oferecer maior segurança e supervisão para adolescentes a partir de 13 anos. Com essa novidade, pais e responsáveis poderão vincular suas contas às dos filhos, por meio de convite por e-mail, permitindo configurar restrições e monitorar o uso da tecnologia.
Entre as funcionalidades disponíveis, há a possibilidade de desativar o histórico de chats e a memória, além de definir horários em que o acesso ao ChatGPT será bloqueado para os adolescentes. O sistema também enviará notificações aos responsáveis caso identifique sinais de sofrimento intenso no jovem, podendo acionar autoridades quando necessário.
“Sabemos que alguns adolescentes recorrem ao ChatGPT em momentos difíceis. Por isso, criamos um sistema de notificação para ajudar os pais a saber se algo pode estar seriamente errado”, informou a empresa.
Essas medidas buscam a proteção dos adolescentes com sua privacidade, promovendo um uso mais consciente e seguro da inteligência artificial.
De acordo com a empresa, os pais terão a opção de desativar essa configuração, se quiserem, mas os adolescentes não podem fazer alterações
A expectativa é que os controles parentais estejam disponíveis para todos até o final de setembro de 2025.
Para ativar o recurso, o responsável deve acessar sua conta no ChatGPT, enviar o convite para o e-mail do adolescente e ajustar as configurações de acordo com as necessidades da família.
O uso indevido da inteligência artificial pode resultar em crimes sérios, como o caso de uma jovem, de 18 anos, vítima de um crime cibernético após ter fotos íntimas criadas por Inteligência Artificial (IA) vazadas nas redes sociais.
Em 2023, o governo italiano suspendeu temporariamente o ChatGPT. A decisão, tomada pela Agência de Proteção de Dados da Itália, aconteceu após suspeitas de coleta indevida de informações por parte da tecnologia.
Outras medidas estão sendo tomadas para a proteção de menores quanto ao uso de plataformas digitais. Em agosto deste ano, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 2.628/2022, o ECA Digital, iniciativa que estende os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para o ambiente digital.
O objetivo é garantir proteção integral a crianças e adolescentes em produtos e serviços de tecnologia da informação disponíveis no Brasil, incluindo redes sociais, aplicativos, jogos eletrônicos e serviços de monitoramento infantil.
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