Professor é agredido por pai de aluna após impedir uso de celular

O pai da estudante entrou na escola sem autorização, ofendeu verbalmente o professor e o agrediu com socos e chutes, causando ferimentos no rosto

Por Rosana Bomfim.

Um homem de 53 anos, professor do Centro de Ensino Médio 04 do Guará I, no Distrito Federal, foi agredido na manhã de segunda-feira (20), dentro da sala de coordenação, por um homem de 41 anos, pai de uma aluna, após uma discussão sobre o uso de celular na sala de aula.

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 A Propria Filha Do Agressor Interompeu Cena De Violencia Tentando Dar Um Mata Leão No Pai Reproducao| Foto: Reprodução

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o pai do estudante entrou na escola sem autorização, ofendeu verbalmente o docente e o agrediu com socos e chutes, causando ferimentos no rosto. Durante o ataque, os óculos de grau e uma corrente com pingente do professor foram quebrados.

Imagens gravadas dentro da escola mostram que a própria filha do agressor tentou impedir a violência, aplicando um “mata-leão” no pai e pedindo, chorando, para que ele parasse.

A Polícia Militar (PMDF) prendeu o homem em flagrante logo após o ocorrido. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia (Guará) e é investigado pelos crimes de lesão corporal e desacato. Após os procedimentos na delegacia, tanto o pai quanto o professor foram liberados.

O agressor afirmou aos policiais que foi até a escola após ser informado sobre um desentendimento entre a filha e o professor. Já o educador relatou que apenas pediu à aluna que parasse de usar o celular durante a aula, sem saber o motivo que levou à ocorrência violenta do homem.

Por meio de nota, a Coordenação Regional de Ensino do Guará e a Secretaria de Educação (SEEDF) informaram que o caso vai ser analisado pela corregedoria e que repudiam qualquer forma de violência no ambiente escolar.
 

Assista ao vídeo 



Leia nota do governo do DF:

"A Coordenação Regional de Ensino do Guará esclarece que está ciente da situação ocorrida no Centro Educacional (CED) 4 do Guará. Diante do ocorrido, a equipe gestora da unidade acionou a Polícia Militar para conter a confusão, que encaminhou os envolvidos à Delegacia para o registro do Boletim de Ocorrência.

A CRE do Guará também receberá a mãe da estudante envolvida para um atendimento na tarde desta segunda-feira (20).

O caso será encaminhado à Corregedoria da Secretaria de Educação para apuração dos fatos e adoção das medidas cabíveis, reafirmando o compromisso da pasta com um ambiente escolar seguro, acolhedor e respeitoso para toda a comunidade.

A SEEDF acionou ainda o Batalhão Escolar para reforçar a segurança na entrada e saída dos estudantes nos próximos dias.

A Secretaria reforça que repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar e mantém o compromisso de dialogar com a comunidade, priorizando sempre a promoção da cultura de paz."

Casos de agressão a docentes na Bahia 

A professora da Universidade Federal da Bahia, Juliana Damasceno, foi alvo de ataques misóginos e xingamentos durante uma reunião extraordinária da Congregação da instituição, realizada no dia 6 de outubro.

Em outro caso, um aluno agrediu uma professora com um tapa no rosto durante uma discussão em sala de aula, no Colégio Estadual em Tempo Integral de Brumado, no sudoeste da Bahia. O agressor, um estudante de 17 anos, não teve o nome divulgado. 

Este cenário de violência envolvendo jovens é mais comum do que se imagina na Bahia, estado com o maior número de mortes por lesões provocadas por autoagressão entre adolescentes no Nordeste. 

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