Filha é investigada por mandar matar pai com feijoada envenenada
Filha é investigada por contratar uma mulher para servir comida envenenada ao próprio pai, de 65 anos
Michele Paiva da Silva, de 42 anos, é investigada por contratar outra mulher para matar seu próprio pai, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, usando uma feijoada envenenada. O crime ocorreu em abril deste ano, mas as prisões só aconteceram na última terça-feira (7), na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
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A jovem, estudante de direito, teria financiado a viagem de Ana Paula Veloso, de Guarulhos, ao Rio de Janeiro, para executar o crime. Ana Paula, que confessou ter sido contratada para matar Neil, revelou ter envenenado 10 cachorros com chumbinho para testar os efeitos da substância antes de aplicar no homem.
Segundo a polícia, agentes encontraram terbufós na casa de Ana Paula, um agrotóxico semelhante, porém mais leve, que o chumbinho. O delegado Halisson explicou que Michele teria usado seus conhecimentos na área da saúde para calcular a dosagem e o tempo de ação do veneno.
Casos de envenenamento
Bolo de pote envenenado
Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, morreu após consumir um bolo de pote em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a investigação, a suspeita confessou ter colocado arsênio no doce por ciúmes.
De acordo com a polícia, o bolo foi entregue por um motoboy na residência de Ana Luiza como um "presente", acompanhado de um bilhete: "Um mimo para a garota mais linda que eu já vi". Poucos minutos após consumir o doce, a vítima começou a passar mal e foi levada ao hospital pelo pai. No local, foi diagnosticada com quadro de intoxicação alimentar, medicada e liberada. No entanto, no dia seguinte, voltou a apresentar sintomas e foi levada a um pronto-socorro, onde chegou sem vida.
Substância ligada a mortes
No final de 2024, três pessoas da mesma família morreram após ingerirem um bolo de Natal envenenado com a mesma substância, no Rio Grande do Sul. Assim como Ana Luiza, as vítimas passaram mal poucos minutos após a ingestão. Tia e sobrinha morreram na mesma noite; a terceira vítima faleceu horas depois.
Os dois episódios recentes levantam uma questão alarmante: como uma substância de alta toxicidade tem sido acessada com tamanha facilidade?
O que é o arsênio?
O arsênio é um elemento químico naturalmente presente no meio ambiente. Pode ser encontrado em rochas, solos, água, ar, plantas e até em alguns animais. No cotidiano, está presente em alimentos industrializados em quantidades mínimas, controladas por normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Anvisa estabelece limites seguros para diversos alimentos. No caso de cereais, o máximo permitido é de 0,15 miligrama por quilo; no café solúvel, 0,50 mg/kg; no arroz, 0,30 mg/kg; e no açúcar, apenas 0,10 mg/kg.
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