Confusão entre ambulantes e seguranças do metrô é registrada na Estação Rodoviária

Uma confusão entre ambulantes e seguranças do metrô foi registrada na noite desta quinta-feira (6), na passarela da Estação Rodoviária, em Salvador. As imagens do confronto repercutiram nas redes sociais.

No vídeo, é possível ver o momento em que seguranças, armados com cassetetes, tentam conter os ambulantes, que revidam com chutes e o arremesso de objetos.

Em nota, a CCR Metrô Bahia, que está em processo de expansão para o Campo Grande, informou que agentes de atendimento e segurança atuaram para coibir a atividade ilegal de ambulantes que comercializavam na passarela da estação.

“Vale ressaltar que, conforme o artigo 15, inciso XXI, do Decreto Estadual nº 15.197/2014, que regulamenta o Transporte, Tráfego e Segurança no metrô, é proibida a venda de produtos nas dependências das estações e terminais de ônibus do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, exceto quando devidamente regulamentada e autorizada pela administração”, informou a concessionária.

A CCR acrescentou que a Polícia Militar foi acionada para a ocorrência. Até o momento, não há informações sobre feridos ou pessoas presas. O Aratu On solicitou nota da PM e aguarda retorno.

Como funciona o metrô de Salvador? Veja horários, estações e cobertura

Inaugurado em 2014, o Metrô de Salvador se consolidou como um dos principais instrumentos de mobilidade urbana da capital baiana.

Planejado inicialmente para desafogar o trânsito e oferecer uma alternativa rápida ao transporte público por ônibus, o sistema metroviário passou por fases de expansão e hoje desempenha papel estratégico na integração entre diferentes modais

Além de encurtar distâncias em uma cidade marcada por longos deslocamentos diários, o metrô contribuiu para reorganizar a dinâmica urbana, conectando áreas centrais, bairros populosos e a Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Com a crescente adesão dos usuários, o modal se tornou essencial não apenas para facilitar o dia a dia de quem precisa circular pela cidade, mas também para impulsionar o desenvolvimento econômico e social de Salvador.

Operado pela CCR Metrô Bahia, o sistema conecta eixos estratégicos da capital até o Aeroporto Internacional, fazendo articulação com terminais de ônibus e o BRT para ampliar a cobertura da rede de transporte. O serviço funciona todos os dias, das 5h às 0h.

Metrô de Salvador: traçado e cobertura atual

Através de integrações, o sistema atende às regiões do Miolo (parte central), Orla, Subúrbio e Área Urbana Consolidada (AUC) de Salvador, além de municípios da RMS, como Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Simões Filho, Candeias, Madre de Deus, Dias D’Ávila e São Sebastião do Passé.

O metrô tem duas linhas em operação: 1 e 2. A Linha 1 faz atendimento através dos corredores da BR-324 e Avenida Bonocô, fazendo o percurso de Águas Claras até a Lapa.

Possui 10 estações ao longo de 17 km, com integração a terminais de ônibus na Lapa, Acesso Norte, Retiro, Pirajá, Campinas e Águas Claras. Estações: Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Bonocô, Acesso Norte, Retiro, Bom Juá, Pirajá, Campinas e Águas Claras.

Novos nomes

As estações do metrô de Salvador deverão passar por uma reformulação em seus nomes nos próximos meses. A confirmação veio do diretor comercial da Motiva (antiga CCR Metrô Bahia), João Pita, em entrevista ao jornal A Tarde.

A mudança será possível através da concessão de naming rights, mecanismo de marketing que permite a empresas “batizarem” locais públicos com o nome de suas marcas. Ou seja, companhias poderão adquirir o direito de nomear as estações — prática já utilizada, por exemplo, no sistema metroviário da cidade de São Paulo.

De acordo com João Pita, há uma crescente busca por parte de empresas que desejam expandir sua presença em novos mercados. Salvador, assim como o Rio de Janeiro — onde a Motiva também opera o VLT —, passou a despertar interesse nesse cenário.

Ainda não há uma definição exata de quantas das 22 estações da capital baiana passarão por renomeação. Contudo, a Motiva pretende ofertar a maior quantidade possível. Estações com grande circulação de usuários devem receber prioridade, embora fatores como localização estratégica também sejam considerados nas tratativas.

Entre os projetos futuros, destaca-se a estação Campo Grande, que será construída a partir de 2026. A nova parada está prevista para ser a quinta mais profunda do país e também poderá receber um nome vinculado a uma marca patrocinadora.

A previsão é que as negociações para concessão dos naming rights comecem ainda em 2025. As conversas com possíveis empresas interessadas já estão em curso, mas seguem sob confidencialidade.

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